Geral O OUTRO LADO
Site de entretenimento adulto rebate prefeito de Cachoeiro de Itapemirim
Site chama de "mais um ataque à categoria de trabalhadoras do sexo, que historicamente sofrem opressão e intolerância por parte da sociedade, tolhendo a dignidade que qualquer ser humano tem, constitucionalmente garantida, inclusive a de trabalhar"
16/08/2023 17h46 Atualizada há 2 anos
Por: Redação
Site rebate Vitor Coelho, prefeito de Cachoeiro de Itapemirim

Após ter dois outdoors censurados pela Prefeitura de  Cachoeiro de Itapemirim,  no Sul do Espírito Santo,  o portal de entretenimento adulto,  Ilha do Prazer,  enviou uma nota oficial ao Rede de Notícias posicionando-se sobre a comoção causada pelas peças publicitárias na cidade. 

Os outdoors espalhados pela cidade,  às portas da maior feira de mármore e granito da América Latina, têm como slogan: "As acompanhantes de luxo deixam seu negócio duro como pedra".

Em nota, o site Ilha do Prazer diz que a profissão é regulamentada e não tem qualquer relação com a feira que acontece na cidade. 

A nota

"O site encontra-se surpreso com as manifestações públicas adotadas pela municipalidade quanto à publicidade realizada por meio de outdoor, que segue toda a legislação e regulamentos aplicados na área de publicidade. Ainda assim, respeitaremos, pois o que a plataforma busca é respeito e dignidade à profissão.

O Ilha do Prazer enquadra-se no ramo do entretenimento adulto e funciona há 19 anos no mercado nacional, sempre atuando em conformidade com a legislação, e nunca sofreu qualquer tipo de censura ou repressão à veiculação de anúncios de profissionais do sexo.

Não possuímos qualquer relação com a feira que ocorre na cidade, sendo a publicidade construída com o fim de atingir público interessado nos serviços oferecidos por meio do portal de anúncios.

Inicialmente, vale destacar que na peça publicitária não há qualquer imagem obscena e que existe a informação de que o conteúdo da publicidade é somente para maiores de 18 anos.

Ressalta-se ainda que, ao acessar o QR Code que leva ao direcionamento da plataforma, existe um bloqueio com mensagem de conteúdo sensível e restrito somente para maiores de 18 anos. Dessa forma, o QR Code se materializa apenas como um atalho, vez que o acesso ao portal pode ser realizado diretamente pela digitação do endereço eletrônico, ou ainda, por meio de buscadores de sites.

Quanto à questão do acesso, importante frisar que dispositivos eletrônicos como tablets, celulares e computadores, quando configurados para crianças ou adolescentes, possuem limitações em suas funcionalidades que não permitem o acesso através de QR Code, e mesmo se houver a tentativa de acesso direto através do endereço do site, o mesmo é bloqueado.

Na verdade, o que se vê é mais um ataque à categoria de trabalhadoras do sexo, que historicamente sofrem opressão e intolerância por parte da sociedade, tolhendo a dignidade que qualquer ser humano tem, constitucionalmente, garantia, inclusive a de trabalhar.

Destacamos que a profissão é regulamentada pelo Ministério do Trabalho desde 2002, e consta na Classificação Brasileira de Ocupações no item 5198, e infelizmente nos deparamos com mais uma repressão à profissão, ocasionando a remoção de anúncios publicitários nos tempos atuais.