O temido Alzheimer, doença neurodegenerativa que aniquila a memória, pode ter ligação com o consumo de açúcar em excesso.
Um estudo, realizado pelo Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos Estados Unidos, percebeu que a resistência à insulina no cérebro reduz a capacidade de remover detritos neuronais e, consequentemente, aumenta o risco para as condições do aparecimento da doença.
Os pesquisadores aproveitaram a semelhança com os humanos para estudarem as moscas da fruta comum.
Tendo demonstrado anteriormente que uma dieta rica em açúcar leva à resistência à insulina nos órgãos periféricos das moscas, os investigadores voltaram-se agora para os seus cérebros.
Especificamente, eles examinaram as células gliais porque se sabe que a disfunção microglial leva à degeneração neural.
Os pesquisadores descobriram que a dieta rica em açúcar levou à redução dos níveis de PI3k nas células gliais, indicando resistência à insulina.
Eles também analisaram o equivalente da microglia na mosca, chamado de glia embainhadora, cuja função principal é remover detritos neurais, como axônios em degeneração.
Eles observaram que essas células da glia apresentavam níveis baixos da proteína Draper, indicando função prejudicada.
Eles mostraram que, depois de danificar os neurônios olfativos, a glia que os embainhava não conseguia remover os axônios degenerados nas moscas na dieta rica em açúcar porque seus níveis de Draper não aumentaram.
Consumo
Os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que, por dia, cada brasileiro, consome em média 18 colheres de chá do produto (o que corresponde a 80g de açúcar/dia), sendo que o limite máximo aconselhado pela OMS para um adulto é de 12 colheres.
A conclusão é de que maneirar no açúcar ajuda a ter um envelhecimento com mais lucidez e saúde.