Em apenas seis meses foram registrados oficialmente 722 assassinatos de mulheres no Brasil simplesmente pelo fato de serem mulheres, o chamado feminicídio.
Os números referem-se aos meses entre janeiro e junho deste ano, com alta de 2,6% em relação aos 704 casos dessa natureza contabilizados no país no primeiro semestre de 2022.
É o que aponta levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) com base em dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública.
De acordo com o FBSP, os feminicídios da primeira metade deste ano é o maior número da série histórica para um primeiro semestre já registrado pela entidade desde 2019.
Foram registrados 34 mil casos de estupro e estupro de vulnerável de meninas e mulheres no primeiro semestre deste ano, crescimento de 14,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
A cada 8 minutos uma menina ou mulher foi estuprada entre janeiro e junho no país, maior número da série iniciada em 2019.
Segundo o levantamento, o aumento de feminicídios no país foi puxado pela alta de 16,2% (de 235 para 273 casos) dos casos no Sudeste, única região do país com aumento nos registros desse crime no primeiro semestre deste ano. Nas outras quatro regiões brasileiras, os feminicídios caíram neste ano em relação a 2022: a menor queda percentual deu-se no Nordeste (-5,6%) e a menor, no Norte (-2,8%).