Internacional Burrice Custa Caro
Preços disparam na Argentina após eleições
Declarações do novo presidente assustaram o mercado interno
23/11/2023 06h00 Atualizada há 10 meses
Por: Redação
Diante da promessa do presidente eleito de um Estado livre de regulamentações, Mastellone, Unilever, Coca Cola e outros gigantes começam a gerenciar livremente os preços nas prateleiras.

Poucos dias após a eleição presidencial na Argentina,  os preços dos produtos da cesta básica, como leite, pão, óleo e tomates, aumentaram de 40% a 50%.

O valor pago por verduras e carnes chegou a dobrar. E mesmo assim, ainda faltam produtos nas prateleiras como arroz, açúcar e biscoitos.

Aos 65 anos, Rafael Berritela, um pequeno empresário argentino, conta que sua última lembrança de calmaria na economia o remete ao início dos anos 2000, no primeiro governo de Néstor Kirchner.

"Com Cristina o câmbio ainda estava aceitável, tudo se complicou com Macri, mas a situação atual é a pior. E não dá para ser otimista com a eleição de Milei. Acho que vamos precisar voltar às ruas", diz Berritela.

O ministro da Economia, Sergio Massa, ordenou  reuniões urgentes com os formadores de preços para conter os aumentos excessivos e negociar a transição.

Segundo relatos de seu círculo próximo, a frase que ele utilizou foi: ‘Se Milei quiser liberar todos os preços, que o faça depois de 10 de dezembro, porque isso prejudica as pessoas’.

Em princípio, nessa mesma linha, já houve uma reunião com grandes supermercados para evitar o impacto dos aumentos até 10 de dezembro, buscando aplicar aumentos menores.

Também não ajuda o fato de o presidente eleito não ter, segundo os empresários, um ministro da Economia designado nem um referente em assuntos de preços.