Saúde Bucomaxilofacial
Técnica inédita em reconstrução facial chega ao Espírito Santo
Dentista explica como funciona o implante de prótese que promete revolucionar tratamento e recuperação do paciente
21/12/2023 08h10 Atualizada há 11 meses
Por: Redação
Dra. Beatriz Coutens é uma das profissionais que atendem no Estado oferecendo a nova tecnologia

Um tratamento inédito acaba de chegar ao Estado: a prótese bucomaxilofacial, uma especialidade da Odontologia que confecciona próteses de reconstrução facial e intraoral, voltadas para pessoas que tiveram perdas em razão de procedimentos cirúrgicos, acidentes ou malformações congênitas.

Essa reconstrução, segundo a dentista oncológica Beatriz Coutens, visa a reabilitação de morbidades faciais resultantes de cirurgias invasivas que implicaram na perda total ou parcial de parte do rosto, como nariz ou boca, por exemplo.

“Essas próteses têm o objetivo de reconstruir perdas em diversas partes da face e são fundamentais para resgatar a autoestima e o fortalecer o convívio social dos pacientes”, explicou Beatriz.

A dentista especialista em prótese bucomaxilofacial Iana Libório informou que, além de reconstruir deformidades tanto faciais como intraorais causadas por cirurgias, o tratamento ajuda em diversos outros casos.

"Casos como malformações congênitas ou acidentes que culminaram em deformações, seja no trânsito, no trabalho e outros ambientes, ou algum tipo de violência que levou à perda também são atendidos". 

As cirurgias mais agressivas ocorrem, em boa parte das vezes, para retirada de câncer de pele avançado, segundo a dentista oncológica Beatriz Coutens.

"Muitas vezes, é necessário fazer a retirada parcial ou total do membro afetado. A implantação dessas próteses ocorre quando há uma perda considerável da parte facial ou bucal e que uma cirurgia plástica se torna inviável ou até mesmo contraindicada", explicou a especialista.

O procedimento de prótese bucomaxilofacial pode ser feito em pessoas de todas as idades, mas no caso de crianças será preciso realizar a troca de tempos em tempos, devido ao fato do paciente estar em fase de crescimento.

Esse tratamento já está sendo realizado em Vitória e, no momento, atende só pela rede particular, mas algumas negociações estão em andamento para que seja oferecido em parceria com a rede pública.