Com largo material que comprova a espionagem institucionalizada no governo do ex-presidente e agora inelegível, Jair Bolsonaro, a Polícia Federal não teve alternativa senão intimar o general Augusto Heleno, que foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante todo o governo passado, a depor.
O general terá que reponder perguntas sobre o inquérito que apura o esquema de espionagem clandestina dentro da Abin, a mando do então diretor, Alexandre Ramagem.
A Agência Brasileira de Inteligência, à época, era subordinada à pasta que o general comandava.
O depoimento de Heleno foi marcado para o dia 6 de fevereiro, na sede da Polícia Federal, em Brasília, diante da equipe que conduz o atual inquérito.
A investigação busca esclarecer se o general tinha conhecimento das supostas ilegalidades cometidas por Ramagem na Abin. E, se tinha, quem eram os destinatários dos produtos e relatórios feitos.
De acordo com fontes da PF, existem indicativos no inquérito, ainda em sigilo, que demonstrariam que Heleno tinha ciência e fomentava essas supostas ações ilegais de espionagem.