Saúde Demência
Especialista capixaba esclarece dúvidas sobre a temida doença de Alzheimer
Estudos já evidenciam que, por meio de alguns hábitos, é possível ajudar a prevenir o Alzheimer.
24/02/2024 20h52 Atualizada há 10 meses
Por: Redação
Foto Divulgação - Médico fala sobre uma doença que avança e ainda é cercada de dúvidas

Transtorno neurodegenerativo que prejudica progressivamente as funções cognitivas, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência em pessoas idosas.

Neste mês, a campanha Fevereiro Roxo alerta para a conscientização do Alzheimer. Esse transtorno tem como principal sinal a perda progressiva da memória, afetando as habilidades de pensamento e, em alguns casos, a capacidade de realizar tarefas rotineiras.

“O cérebro de um paciente com doença de Alzheimer sofre com a morte de neurônios localizados principalmente em regiões específicas do cérebro, responsáveis pela memória e outras funções cognitivas. E esse processo é degenerativo, progressivo e irreversível”, explicou o médico geriatra Gustavo Genelhu.

Embora muito se fale sobre Alzheimer, o assunto ainda é cercado de dúvidas, desconhecimentos e mitos. Um deles é a respeito da perda da memória.

“Nem todo esquecimento ou perda de memória é sinal de Alzheimer. Essas falhas podem estar ligadas a outros fatores, como estresse, ansiedade, depressão e alguns tipos de medicamentos. De qualquer modo, quando o idoso começar a manifestar esse sintoma, mesmo que moderado, é importante que seja feita uma avaliação com seu médico”, orientou o geriatra,

Confira alguns mitos e verdade sobre a doença

1 - A perda de memória é o primeiro sintoma

Mito. A perda de memória é o sintoma mais comum, mas nem sempre se manifesta primeiro. Dificuldades de comunicação, organização das ideias e de se localizar no tempo são alguns sinais iniciais da doença.

2 – Diagnóstico precoce é importante

Verdade. Ao observar os sinais do Alzheimer, é importante levar o idoso ao médico para que seja feita uma avaliação. O tratamento imediato ajuda a impedir a evolução da demência e controla os sintomas, promovendo mais qualidade de vida ao paciente.

3 - O paciente com Alzheimer fica alheio ao que acontece ao seu redor

Mito: Apesar das limitações cognitivas, o paciente pode, sim, estar consciente do que acontece no ambiente, especialmente os que estão na fase inicial da doença. Por isso, é importante respeitar sua individualidade e principalmente não infantilizar esse paciente.

4 - A doença de Alzheimer não tem cura

Verdade. Infelizmente, ainda não há uma cura para a doença. As terapias hoje disponíveis ajudam a retardar a evolução dessa condição e amenizar os sintomas.

 5- Filhos de pacientes com Alzheimer também terão a doença

Mito. Embora a hereditariedade seja um fator de risco, a maior parte dos casos da doença não está ligada a componentes genéticos.

6 - É possível prevenir Alzheimer.

Verdade. Nem sempre a doença é evitável porque essa condição está bastante ligada ao envelhecimento, mas estudos já evidenciam que, por meio de alguns hábitos, é possível ajudar a prevenir o Alzheimer. Prática de atividade física regular, controle de peso, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas em excesso e controlar glicose e pressão arterial figuram entre as medidas preventivas.