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Mal subito afeta até atletas de alto padrão; entenda os fatores de risco
A principal causa de morte súbita na população geral é a doença coronariana
01/07/2024 14h31 Atualizada há 5 meses
Por: Redação
Foto Internet

Não são poucas as notícias recentes sobre casos de jogadores de futebol de alto rendimento que sofreram um mal subito dentro de campo. 

Mal súbito é um termo que se refere a eventos naturais que acometem a saúde de uma pessoa de forma abrupta, inesperada, dramática e potencialmente grave.

E nem mesmo os atletas estão imunes a esse problema, como demonstram casos ocorridos nos campos de futebol.

Segundo o cardiologista Bruno Ceotto, da Cardiodiagnóstico, o mal súbito pode ser decorrente de causas não tão graves como hipoglicemia, hipotensão ou até mesmo uma convulsão. Contudo, o mal súbito também pode estar relacionado a quadros mais graves, como infarto agudo do miocárdio, AVC ou arritmia cardíaca.

“São esses fatores, especialmente a arritmia, os causadores da chamada morte súbita, caracterizada pela ocorrência do óbito em até 1 hora após o início dos sintomas”, explica.

A principal causa de morte súbita na população geral é a doença coronariana, que deve ser prevenida pelo controle dos fatores de risco:

hipertensão arterial

diabetes

colesterol elevado

tabagismo

sedentarismo

estresse

Já em pessoas abaixo de 35 anos, doenças cardíacas — principalmente a miocardiopatia hipertrófica — e arritmias de origem genética são as mais prevalentes.

“Essa situação pode ser especialmente dramática por ocorrer em ambiente esportivo, sem nenhum sintoma prévio. Por isso, a avaliação pré-participação em atividade esportiva é de importância primordial. Quem iniciará uma prática esportiva deve procurar um cardiologista ou cardiologista do esporte para uma adequada avaliação que identifique e aborde os eventuais riscos. Isso é especialmente importante para pessoas com sintomas como cansaço, dor no peito ou desmaios ao fazer esforços, história familiar de morte súbita e doença cardíaca, além de fatores de risco já identificados”, orienta.

O que fazer em caso de mal súbito

A caracterização do mal súbito é a deterioração aguda e abrupta das condições de saúde de uma pessoa, que causa sintomas como mal-estar generalizado, tontura, sonolência ou confusão mental, palpitação, falta de ar, dores no peito ou na cabeça, entre outros.

Pode haver ainda desmaios, perda da consciência, convulsões e perda do controle da urina e das fezes.

“Caso alguém perto de você sofra um mal súbito e você não tenha treinamento para atendê-lo, é importante manter a calma e preservar a sua segurança e a da vítima em primeiro lugar. Verifique se ela responde ao colocar uma mão em cada ombro e pergunte vigorosamente três vezes: ‘você está me ouvindo?’. Se a vítima não responder, acione o serviço de emergência imediatamente”, recomenda Ceotto.

O médico ressalta ainda que, apesar de ser famosa no imaginário popular, a realização de respiração boca-a-boca não é recomendada, por ser pouco eficiente e trazer risco de contaminação. O mais indicado é que, após entrar em contato com o serviço de emergência, a pessoa que está prestando socorro siga as orientações passadas pelo telefone enquanto aguarda a chegada do resgate.

Fatores de risco

Segundo o cardiologista Bruno Ceotto, os fatores de risco para o mal súbito estão relacionados aos das doenças cardíacas, como:

- Tabagismo

- Colesterol alto

- Hipertensão

- Obesidade

- Sedentarismo

- Estresse

- Diabetes

Predisposição genética

 

Prevenção

A melhor forma de evitar o mal súbito é adotar um estilo de vida com alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas e acompanhamento regular com um médico, para avaliação dos indicadores de saúde, segundo o cardiologista Rafael Altoé, da Cardiodiagnóstico.

“Sempre que o indivíduo apresentar algum sinal como tontura, cansaço anormal ou excessivo, dores no peito, é recomendável iniciar uma investigação cardiológica. Pessoas que praticam atividade física, mesmo as jovens, devem realizar, periodicamente, testes de esforço, eletrocardiograma e ecocardiograma, para verificar as condições cardíacas”, afirma.