Saúde Epilepsia
Pacientes com autismo terão acesso a medicamento à base de maconha em Sergipe
O protocolo clínico é destinado a pacientes com TEA, maiores de cinco anos, que apresentam comportamento agressivo e não respondem aos medicamentos de primeira linha (antipsicóticos).
21/07/2024 07h51 Atualizada há 4 meses
Por: Redação
Foto Internet

Pioneiro na implementação de uma política estadual de cannabis para fins medicinais, Sergipe agora dá mais um passo para garantir o direito à saúde dos pacientes que necessitam dos medicamentos à base da planta.

O governo sergipano lançou o segundo protocolo clínico para utilização do canabidiol no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.

Após implementar o primeiro protocolo, em dezembro de 2023, voltado para o tratamento de síndromes epiléticas refratárias (casos que são resistentes aos medicamentos convencionais), o governo de Sergipe agora amplia o acesso ao tratamento com canabidiol para portadores de Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O segundo protocolo clínico é destinado a pacientes com TEA, maiores de cinco anos, que apresentam comportamento agressivo e não respondem aos medicamentos de primeira linha (antipsicóticos).

Os pacientes que atendem aos critérios estabelecidos pelos protocolos podem ser acompanhados pelo Nate (Núcleo de Atendimento em Terapias Especializadas), que tem o objetivo de oferecer orientações técnicas para a condução terapêutica à base de cannabis.

Quem pode receber o medicamento?

Pacientes com epilepsia fármaco-resistentes;

Pacientes maiores de cinco anos, diagnóstico do transtorno do espectro do autismo e que apresentem a agressividade (autoagressão ou agressão a outros) associada, que apresentem falha terapêutica (total ou parcial) após tratamento medicamentoso com o antipsicótico Risperidona ou que apresentem-se em pelo menos uma das duas situações: (1) efeitos adversos graves com uso da Risperidona ou (2) tenha contraindicação ao seu uso.