Saúde Mexa-se
Malhar ajuda no tratamento do câncer em diversos aspectos; entenda
Estudos apontam o exercício físico como aliado do paciente com a enfermidade
27/08/2024 22h25
Por: Redação
Foto Internet

A atividade física é uma importante aliada para a prevenção de diversas doenças, conforme evidências científicas comprovam.

Mas, além de ajudar a evitar enfermidades, exercitar-se  auxilia pacientes em tratamento de alguns tipos de câncer. 

Um novo estudo coordenado por pesquisadores do Centro Médico de Utrecht, na Holanda, revelou pacientes com câncer de mama metastático (quando a doença sai do seu órgão de origem e afeta outras partes do corpo) podem desfrutar de diversos benefícios quando praticam exercícios físicos regulares.

O estudo, publicado recentemente no periódico Nature Medicine, demonstrou que manter o corpo ativo traz influências positivas para a saúde física e mental.

Foram avaliados 357 pacientes com câncer de mama metastático com idade na faixa de 55 anos e, em sua maioria mulheres. O grupo que faz exercícios apresentou melhores resultados quanto ao estado de fadiga corporal e psicológica.

A médica oncologista Virgínia Altoé Sessa reforçou a importância da atividade física para paciente em tratamento do câncer.

Médica Virgínia Altoé defende a prática de exercício físico no tratamento oncológico 

“Fazer exercícios ajuda a diminuir a inflamação do corpo, reduzindo as toxicidades do tratamento, e isso ajuda a amenizar os efeitos colaterais das terapias. E a fadiga é um sintoma muito comum em pacientes oncológicos, especialmente os que são submetidos à quimioterapia”, explicou.

Além de amenizar a fadiga, o atual estudo mostrou que manter o exercício físico de maneira prolongada foi útil para atenuar os quadros de dores física e dispneia — a falta de ar que pode ocorrer quando há esforço físico, ansiedade ou nervosismo.

“A atividade física ajuda a preservar a força muscular, o condicionamento físico, além de ser uma aliada também da saúde mental, pois contribui para controlar os níveis de ansiedade e outras disfunções emocionais que o paciente pode ter, como angústia e até depressão”, destacou Virgínia.

A oncologista ponderou que a prática de exercício de todo paciente oncológico deve ter liberação médica.

“A atividade física auxilia muito quem está em tratamento, mas cada caso é individual, assim como os limites e necessidades de cada pessoa. Por isso, é preciso que o exercício seja liberado pelo médico e acompanhado por um educador físico”, esclareceu.