Saúde Outubro Rosa
Câncer de Mama: médica aponta 6 verdades pouco conhecidas sobre a doença
Médica esclarece que o autoexame não substitui a mamografia, exame de rastreio mais eficaz para detectar o câncer de mama, inclusive no estágio inicial.
30/09/2024 08h04 Atualizada há 3 semanas
Por: Redação
Foto Divulgação - Para a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa, é muito importante que as mulheres conheçam os sinais suspeitos e priorizem o exame de rastreio e as consultas regulares ao ginecologista.

O câncer de mama é uma das neoplasias malignas mais frequentes entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima para o Brasil uma média de 73 mil casos da doença para cada ano do triênio 2023-2025. 

No próximo mês, acontece mais uma edição da campanha Outubro Rosa, voltada para a prevenção e conscientização da doença. Para a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa, é muito importante que as mulheres conheçam os sinais suspeitos e priorizem o exame de rastreio e as consultas regulares ao ginecologista.

“Trata-se de uma doença grave, mas se for descoberta na fase inicial as chances de cura são maiores que 80%. É fundamental conhecer o próprio corpo, fazer o autoexame e, se observar sinais como caroços na mama, pele da mama avermelhada, alterações no mamilo e saída espontânea de líquido, procurar um médico imediatamente para uma avaliação”, alertou.

A médica esclareceu, ainda, que o autoexame não substitui a mamografia, exame de rastreio mais eficaz para detectar o câncer de mama, inclusive no estágio inicial.

“A mamografia deve ser feita anualmente, ou de acordo com a solicitação do médico, mesmo que a mulher não perceba nenhuma anormalidade no autoexame. E vale lembrar que, se apresentar algum sinal suspeito, deve ir ao médico mesmo se estiver com os exames em dia”, explicou.
Apesar da alta incidência, o câncer de mama ainda é cercado de dúvidas e há muitas informações importantes que nem todas as mulheres conhecem. A médica oncologista Virgínia Altoé Sessa esclarece algumas verdades pouco conhecidas sobre a doença.

Somente em 10% dos casos o câncer de mama é hereditário. 
Como o câncer de mama é o resultado de uma mutação genética, o histórico familiar pode influenciar no desenvolvimento da doença. Contudo, cerca de 90% das mulheres que desenvolvem esse tumor não possuem familiares próximos com essa neoplasia.

Sobrepeso aumenta risco 
A gordura corporal também metaboliza o estrógeno, hormônio relacionado ao desenvolvimento da doença. E estar com alguns quilos a mais já é um fator de risco (ainda que a pessoa não seja obesa).

Mama muito densa demanda cuidados
A densidade do tecido mamário pode atrapalhar a identificação das imagens no exame de rastreio. Felizmente, novas tecnologias conseguem capturar imagens mais claras e detalhadas mesmo em pacientes com mamas densas. 

Caroços nas axilas também são suspeitos
Não são apenas caroços e anormalidades na mama que merecem atenção. As alterações na axila também são sinas de alerta. Portanto, ao observar algo diferente, como caroços e ínguas, é importante ir ao médico para uma avaliação.
 
Nódulo doloroso também é sinal de alerta
Embora grande parte dos tumores de mama não sejam dolorosos, alguns podem provocar dor, seja em razão do tamanho do tumor ou de outros fatores, como gânglios, por exemplo.

Álcool é um grande vilão
O consumo diário, mesmo que não exagerado de álcool, aumenta o risco de câncer de mama. Beber na fase jovem é ainda pior, já que o tecido mamário está em desenvolvimento e fica mais suscetível aos efeitos nocivos do álcool. Se o hábito for associado a algum outro fator de risco (obesidade, histórico familiar, fumante), a chance de desenvolver a doença é ainda maior.

Consumo de bebidas alcoolicas entre as mulheres pode agravar o problema