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Motociclistas são dizimados no trânsito brasileiro
Mortes aumentaram 9 x
23/01/2023 09h58
Por: Alexandre Damazio

Em 25 anos, o Brasil teve queda de 59% nas mortes de pedestres atropelados, ao mesmo tempo em que aumentou em até nove vezes o número de ciclistas e motociclistas que se tornam vítimas de acidentes fatais de trânsito.

O período coincide com a vigência do Código de Trânsito Brasileiro, que trouxe novidades como o sistema de pontos da CNH (Carteira Nacional de Habilitação), o uso obrigatório do cinto de segurança e a punição de infrações com prisão.

Hoje, a quantidade de mortes no trânsito está ligeiramente abaixo do patamar de 1997, último ano do antigo código nacional. De acordo com os números mais recentes do Ministério da Saúde, foram 32,3 mil em 2021. Quando a lei atual entrou em vigor, morriam 35,6 mil pessoas no trânsito por ano.

No Espírito Santo foram 380 mortes em 2022, sem contabilizar os dados  de dezembro. Em 2021,  371 perderam a vida no trânsito, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

O inspetor da Polícia Rodoviária, Willys Lira, afirma que o número de acidentes  tem aumentado com o crescimento do número de motocicletas, mas que a sequência de infrações cometidas pelos  condutores é  fator preponderante.

“O condutor de uma motocicleta está mais suscetível aos riscos das vias que um motorista de automóvel. No caso de  colisão, por mais simples que seja, ela se dá diretamente no corpo do condutor. Não há cinto de segurança para ajudar na proteção, nem para-choque”.