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Aeroportos terão salas especiais para passageiros com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
A expectativa do governo federal é implantar 20 salas especiais para este público até 2026.
08/11/2024 07h53 Atualizada há 6 dias
Por: Redação
Foto Assessoria - Advogada Fernanda Andreão Ronchi, especialista em Direito Médico e da Saúde

Os aeroportos brasileiros passarão a ter salas especiais para passageiros autistas. A medida foi anunciada pelo governo federal, que criou um programa para ajudar passageiros com transtorno do espectro autista (TEA) e outras neurodivergências no deslocamento pelos aeroportos.

O Aeroporto de Vitória foi uma das referências para o governo federal na criação do programa de Acolhimento aos Passageiros com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desde fevereiro do ano passado, o aeroporto capixaba dispõe de uma sala multissensorial criada para passageiros autistas.

A expectativa do governo federal é implantar 20 salas especiais para este público até 2026. Esses espaços serão voltados para um acolhimento inclusivo com diversas adaptações, como salas multissensoriais que visam oferecer estímulos sensoriais (visuais, táteis e auditivos) para promover relaxamento, concentração e bem-estar, além de acomodação, com estímulos reduzidos para acolher passageiros durante momentos de crise.

“Uma grande conquista para as pessoas com transtorno espectro autista (TEA) e transtornos neurológicos, e suas famílias. Cerca de 200 mil passageiros com essas condições circulam pelos aeroportos do Brasil todos os anos, e a medida irá trazer mais condições para que estas pessoas se desloquem com mais tranquilidade e segurança por esses locais”, afirmou a advogada Fernanda Andreão Ronchi, especialista em Direito Médico e da Saúde.

Ainda de acordo com  a advogada, os espaços serão acessíveis para todas as faixas etárias.  “Pais e responsáveis desses passageiros, muitas vezes, enfrentam dificuldades em circular pelos aeroportos em razão da lotação, dos ruídos e até pela falta de espaço para uma acomodação adequada enquanto aguardam a hora do embarque. Para muitas pessoas com autismo e outras neurodivergências, estar fora do seu ambiente familiar é custoso e desconfortável, por isso é importante disponibilizar espaços adaptados para que esse público desfrute de uma comodidade acolhedora, com o devido respeito que todos eles merecem”, concluiu a advogada.