Em uma das eleições mais acirradas dos últimos anos, três candidatos chegam à vespera da eleição que define o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) em um cenário totalmente indefinido.
O presidente da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAES), Ben-Hur Farina, o atual presidente da OAB-ES, José Carlos Rizk, e a advogada Erica Neves duelam, voto a voto, para conquistar a preferência dos colegas nas eleições que acontecem nesta sexta-feria, 22.
A votação será online e terá quase 20 mil eleitores, todos advogados aptos a votar por estarem regularizados juntos a OAB-ES. Na reta final da eleição a candidata Erica Neves foi bombardeada por uma série de denúncias envolvendo tentativas de extorsão, conlúio e intimidação.
Em áudios vazados nas redes sociais, a voz de uma mulher, que seria a de Erica Neves, pede contribuição financeira e apoio logístico para a sua eleição da Ordem. Os áudios foram entregues à Polícia Federal por Ben-Hur Farina, que pediu a impugnação da candidatura de Erica Neves. Ben-Hur Farina também entrou com uma representação na Comissão Eleitoral da OAB-ES, que ainda não se manifestou sobre o caso.
Um laudo atestado por perito criminal apontou semelhanças entre o áudio analisado e a voz de Erica Neves. José Carlos Rizk também se manifestou sobre o caso, afirmando serem graves as denúncias contra Erica Neves.
Antes das denúncias contra Erica, um quarto concorrente, José Antônio Neffa, presidente da seccional OAB de Vila Velha, desisitiu de disputar as eleições e declarou apoio à Chapa 10, encabeçada por Erica.
A manobra embolou ainda mais o pleito e deixou parte da categoria confusa, já que Erica e Neffa já haviam trocado farpas e acusações sobre suas condutas pessoais. Erica já foi candidata em 2021, quando recebeu 35,21% dos votos e foi derrotada por Rizk que, por sua vez, busca um terceiro mandato consecutivo.
A indefinição causou uma avalanche de postagens nas redes sociais nas duas últimas semanas. Entre acusações, provacações e propostas, Ben-Hur, Rizk e Erica tentam reverter a apatia de boa parte dos advogados que, segundo pesquisas internas, indicam que não há nada definido nem favoritos a menos de 24 horas das eleições.
O mandato será de três anos e o eleito vai assumir no início do ano que vem. A votação será das 9 horas às 17 horas e seguirá online. Apenas os advogados regularmente inscritos na Ordem podem votar, o que significa um eleitorado em torno de 20 mil.