Saúde HIDRATE-SE
Sensação de sede é menor entre idosos, alerta médico
O envelhecimento compromete a absorção de água por nosso organismo
09/01/2025 08h28
Por: Redação
Foto Divulgação - Gustavo Genelhu, médico geriatra.

Os dias quentes de verão sinalizam a necessidade de redobrar os cuidados com a hidratação, e ingerir bastante líquido é fundamental para manter a saúde.

Em idosos, a atenção deve ser ainda mais intensificada nessa época do ano. Com o calor excessivo que predomina na maior parte do tempo, a necessidade de beber água é maior, mas a sensação de sede é menor entre idosos.

“Isso é um grande fator de risco de desidratação, uma vez que idosos não costumam sentir muita sede, mesmo no verão. É preciso ficar atento à regularidade da ingestão de água e orientar o idoso a se hidratar, mesmo quando não sentir vontade”, orientou o médico geriatra Gustavo Genelhu.

A hidratação na terceira idade torna-se ainda mais importante porque, após os 60 anos, a reserva hídrica do corpo cai drasticamente, para pouco mais de 50%.

“O envelhecimento compromete a absorção de água por nosso organismo, o que facilita a desidratação. O uso de medicamentos diuréticos também leva o idoso a urinar mais e perder líquido, sendo ainda mais necessária a ingestão de água”, explicou o médico.

Segundo Genelhu, a desidratação é mais perigosa em pessoas idosas. “Os sintomas vão desde fraqueza, fadiga e boca seca, e em casos mais graves pode causar alteração dos níveis de consciência e até convulsões”, alertou o geriatra.

Orientações para prevenir a desidratação em idosos 

- Estimular o idoso a tomar água várias vezes durante o dia, mesmo quando não tiver com sede. O recomendado é de 1,5 a 2 litros por dia;

- Em caso de dificuldade para ingerir líquidos, use alternativas como canudos, copos com bicos ou até seringas;

- Evitar atividades físicas nos horários mais quentes do dia;

- Usar roupas leves para diminuir a perda de líquido corporal por meio do suor;

- Em caso de diarreia, vômitos, tonturas ou sonolência excessiva, o idoso deve ser levado ao médico.

Fonte: Gustavo Genelhu, médico geriatra.