Política Boca Fechada
Gilvan está fora da Câmara dos Deputados por quebra de decoro
Punição caiu de seis para três meses, mas serve como lição ao parlamentar que desejou a morte do presidente Lula e xingou a ministra Gleisi Hoffmann
06/05/2025 17h17 Atualizada há 3 dias
Por: Redação
Foto Internet

Não foi por falta de aviso que o deputado eleito pelo Espírito Santo, Gilvan da Federal (PL), vai ficar três meses afastado de suas funções após xingar a ministra Gleisi Hoffmann em uma reunião no Congresso Nacional.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu suspender o mandato do deputado na tarde desta terça-feira (6).

Os membros do órgão disciplinar da Casa analisaram representação apresentada na última quarta-feira (30) pela própria Mesa Diretora da Câmara, contra o deputado federal pelo Espírito Santo, por quebra de decoro parlamentar, com pedido de suspensão cautelar do mandato de Gilvan.

O deputado bolsonarista foi alvo de denúncia formulada pela Mesa Diretora porque, em audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, realizada na última terça-feira (29), “fez insinuações abertamente ultrajantes, desonrosas e depreciativas” contra a deputada federal licenciada Gleisi Hoffmann (PT-PR), ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais desde março.

Durante os três meses de suspensão, Gilvan deixará de receber sua remuneração como deputado, bem como as prerrogativas parlamentares.

A denúncia oferecida pela Mesa contra Gilvan foi apreciada em reunião extraordinária deliberativa do Conselho de Ética, presidido pelo deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA). A análise da representação formulada pela Mesa foi o único item da pauta. A sessão foi muito acalorada.

O relator, Ricardo Maia (MDB-BA), fez a leitura do seu parecer. Gilvan participou pessoalmente da reunião, assistiu às deliberações e se defendeu diante do Conselho – com sua tradicional bandeira do Brasil pendurada no ombro.

Muitos aliados de Gilvan, integrantes da “bancada bolsonarista”, discursaram antes da votação, defendendo o colega e criticando o novo rito adotado, em uma profusão de questões de ordem.