Política Quem Será?
Costura política para indicar o vice de Ricardo Ferraço vira batalha nos bastidores
Segundo uma fonte do alto escalão do governo, escolha do candidato a vice-governador é um passo importante porque sinaliza quais caminhos o governador eleito vai seguir
23/05/2025 13h34 Atualizada há 1 mês
Por: Redação
Foto Senado Federal- Ricardo pode ser governador de um mandato só, bem como seu vice

O Portal Rede de Notícias conversou com uma fonte do alto escalão do governo Renato Casagrande (PSB) nesta sexta-feira, 23.

Segundo ele, a escolha do nome que vai compor como vice na chapa ao Governo do Estado no ano que vem é tão importante quanto a escolha do próprio Ricardo Ferraço. 

Caso Casagrande deixe o governo para disputar o Senado, Ferraço assume por seis meses e, se for eleito, só poderá ficar quatro anos à frente do Palácio Anchieta.

O vice, então, terá um papel de destaque ao fim de um possível mandato de Ferraço. Isso porque Ricardo também deve deixar o governo com seis meses de antecedência e disputar o Senado, abrindo vaga para um vice tornar-se governador novamente.

Tem que controlar

"Se não for um nome controlável, que possa ser direcionado pelo grupo, são grandes as chances de uma traição. A história política recente do Espírito Santo mostra isso", afirma o servidor analista da cena. 

Se a profecia se realizar, este vice de Ferraço também só poderá ficar mais quatro anos, caso concorra e vença as eleições em 2030.

"Pode ser que o escolhido seja um técnico, sem grandes pretensões políticas e que possa contribuir para a gestão. Um ilustre desconhecido, capaz de obedecer e executar as ações de governo e políticas", analisa.

Foi o que aconteceu com Jaqueline Moraes, vice-governadora na chapa de Renato Casagrande em seu segundo mandato. Apesar de suas pretensões eleitorais, Jaqueline não tinha projeção e nem densidade, sendo apenas uma soldado no fronte de batalha do PSB. 

Casagrande anunciou o nome de Jaqueline numa cartada eleitoral que deu certo, atraindo o voto da mulher negra, humilde e trabalhadora. Jaqueline não se elegeu a mais nada à posteriori. 

"Mas é arriscado. Se o poder subir à cabeça depois de sentar na cadeira mais importante do Estado, o escolhido pode tornar-se um problema", avalia.