Acusados de uma série de irregularidades, Leia Ringuier Nali e o seu marido, o prefeito de Castelo, João Paulo Silva Nali (Republicanos), estão na mira do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), que ingressou com uma Ação Civil Pública contra o casal Leia Nali foi nomeada pelo prefeito para dois cargos estratégicos na administração municipal.
O órgão requer a nulidade dos atos de nomeação e o afastamento imediato da servidora, sob acusação de violação aos princípios constitucionais da moralidade, impessoalidade e probidade administrativa.
Segundo apuração do MPES, Leia Nali foi designada para os cargos de Secretária Municipal de Lazer, Esportes e Juventude e Secretária Municipal de Turismo, Eventos e Cultura, mesmo possuindo condenação criminal transitada em julgado por apropriação indébita.
Ela também figura como autora reconhecida em outro processo de furto qualificado contra um ex-companheiro, embora tenha sido beneficiada pela escusa absolutória prevista no Código Penal.
A denúncia foi motivada por manifestações anônimas registradas na Ouvidoria do MPES, que apontavam prática de nepotismo e questionavam ainda a nomeação de Joice Demartin Francischetto, esposa do vice-prefeito, para o cargo de Secretária Municipal de Planejamento. Após apuração, o Ministério Público arquivou o caso referente a Joice, por não encontrar elementos que desabonassem sua nomeação.
Contudo, quanto à esposa do prefeito, o MP sustentou que os antecedentes criminais de Leia Nali inviabilizam sua permanência em funções de confiança, especialmente por envolverem crimes contra o patrimônio, incompatíveis com a gestão de recursos públicos e com a representação institucional do município.
Além disso, foi constatado que, além dos cargos já mencionados, a servidora foi nomeada também como gestora do Fundo Municipal de Cultura, conforme decreto publicado em janeiro de 2025.