Neoplasia maligna que representa cerca de 2% a 3% de todos os cânceres em adultos, o câncer de rim é uma doença silenciosa e geralmente não apresenta sintomas em sua fase inicial.

Com a progressão da doença podem surgir algumas manifestações, como dor lombar persistente, sangue na urina, perda de peso e febre sem motivo aparente.
Mesmo com a ausência de exames de rastreio para detectar esse tipo de neoplasia, às vezes a doença é descoberta de forma inesperada.

“Com o aumento do uso de exames de imagem de rotina, como ultrassonografia abdominal, muitos casos têm sido diagnosticados de forma ainda em fase inicial, o que aumenta muito as chances de cura”, explicou a oncologista do Hospital Santa Rita Virgínia Altoé Sessa.

A data de 18 de junho é lembrada como o Dia Mundial de Conscientização do Câncer de Rim. A médica ressaltou, ainda, que mesmo para casos avançados da doença, atualmente existem tratamentos eficazes até para pacientes com metástase.

Virgínia Altoé Sessa esclarece alguns mitos e verdades sobre o câncer renal.

 Pedra no rim pode virar tumor

Mito. São duas doenças diferentes.

As pedras nos rins formam-se devido ao acúmulo de cristais na urina, que se cristalizam e se transformam em pedras. Já o câncer aparece devido a uma mutação anormal que ocorre nas células do rim, que se prolifera e vira um tumor.

A obesidade aumenta o risco para a doença

Verdade. Evidências científicas já mostraram que tanto o aumento do peso, como o aumento de circunferência abdominal se relacionaram a maiores chances de apresentar câncer renal. Outros fatores de risco são o tabagismo e a hipertensão.

Beber água ajuda a prevenir o câncer de rim

Mito. A água é muito importante para o organismo e traz muitos benefícios para a saúde como um todo, inclusive durante o tratamento oncológico. Contudo, não há relação entre consumo de água e prevenção de câncer renal.

 O câncer de rim tem cura

Verdade. Mas, assim como outros tipos de tumores malignos, a maior probabilidade dessa cura está ligada ao diagnóstico precoce. Quanto mais cedo a doença for detectada, maiores serão as chances de sucesso do tratamento, seja para curar ou controlar a doença.