Quem deveria cuidar e zelar pelo bem-estar maltrata, tortura e deixa faltar o básico à vida animal.
Por todos esses motivos, um policial militar de 32 anos acabou preso em flagrante após ser denunciado por vizinhos que gravaram e fotografaram as sessões de brutalidade contra um cachorro mantido sob condições degradantes.
A Polícia Militar informou que, a partir das denúncias, uma equipe foi até a casa do suspeito, localizada no bairro Aroeira, em São Mateus, região Norte do Espírito Santo.
As imagens entregues à Polícia mostram o suspeito dando vários chutes e também tapas no focinho do cachorro, que chora enquanto está preso pela coleira. Ele ainda pergunta ao animal: “Vai chorar? Vai chorar?”. Em outra cena, o policial joga água no focinho do cão e depois dá chutes no animal.
Diante do fato, o militar foi preso e conduzido à Delegacia Regional de São Mateus. A Polícia Civil informou que o suspeito foi autuado em flagrante por maus-tratos cometido contra cão. Após os procedimentos de praxe, ele foi encaminhado ao sistema prisional.
A legislação brasileira prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda para maus-tratos a cães e gatos. Essa pena foi estabelecida pela Lei nº 14.064/2020, que alterou a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). Antes, a pena era de detenção de 3 meses a 1 ano e multa.
Em nota, a PM disse que o policial é lotado no 13º Batalhão (São Mateus) e que o animal resgatado foi encaminhado para uma Organização Não Governamental (ONG) local, onde está recebendo os devidos cuidados e, posteriormente, será disponibilizado para adoção responsável.