Preso durante 55 dias, entre janeiro e fevereiro de 2013, o ex-prefeito de Linhares por cinco vezes, Guerino Zanon (PSD), pode ser candidato a vice-governador do Espírito Santo numa possivel chapa com o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos).
À época, Guerino Zanon foi denunciado pela Promotoria de Justiça Cível de Linhares junto com mais seis pessoas e uma empresa que teria sido beneficiada por supostas fraudes na cobrança de impostos.
O grupo era acusado de transferir a uma empresa particular o poder de cobrar tributos municipais. O grupo foi acusado de estelionato, usurpação de função pública, dispensa ou inexigibilidade de licitação, excesso de exação, peculato e advocacia administrativa.
Em junho de 2015, a Procuradoria-Geral de Justiça, órgão superior do Ministério Público e onde tramitam procedimentos em desfavor de autoridades com prerrogativa de foro, arquivou o Inquérito Criminal a que Guerino respondia.
Em 2022 Zanon deixou a prefeitura de Linahres e concorreu ao governo do Estado, mas foi derrotado. Foras das disputas desde então, Guerino Zanon volta com força ao cenário político-eleitoral.
De acordo com a coluna da jornalista Fabiana Tostes, "o nome de Guerino começou a circular no mercado político na semana passada, após articulações entre a cúpula do PSD e do Republicanos no Estado – mais precisamente entre o ex-governador Paulo Hartung (PSD) e Erick Musso, presidente do Republicanos-ES".
Ainda de acordo com a coluna "PSD e Republicanos são aliados e, se nada mudar no plano nacional e local, devem caminhar juntos nas eleições do ano que vem. Segundo interlocutores do grupo – que conta também, hoje, com o Partido Novo – Hartung teria iniciado um diálogo sobre o assunto com os filhos de Guerino na semana passada".
Guerino Zanon seria uma espécie de ponte entre o interior e a capital, diante da dificuldade de Pazolini em pavimentar seu nome pelas estradas que levam às cidades do Norte capixaba.
Desconhecido no interior do Estado mesmo sendo prefeito da capital, Pazolini teria em Guerino um padrinho eleitoral junto às famílias tradicionais, em sua maioria, gratas ao governador Renato Casagrande (PSB), que apoia o seu vice, Ricardo Ferraço (MDB).
Ferraço, por sua vez, vem fazendo o dever de casa há mais de 15 anos, entre o Senado e a vice-governadoria, e se julga preparado devido ao acúmulo de experiência política e jogo de cintura.