A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 14, a Operação Chapa Branca, com o objetivo de obter novos elementos de prova para desmantelar uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas.
A quadrilha tentou utilizar portos do Espírito Santo para enviar grande quantidade de cocaína para a Europa, ocultada em pisos de mármore e granito.
Estão sendo cumpridos 05 (cinco) mandados de prisão preventiva nos estados do Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Pernambuco e na Hungria.
Também estão sendo cumpridos 14 (quatorze) mandados de busca e apreensão, nos mesmos estados, respectivamente, Espírito Santo (01), Santa Catarina (02), Paraná (07), São Paulo (03) e Pernambuco (1).
O CASO
A investigação teve início no mês de outubro do ano de 2021, quando a Polícia Civil apreendeu 350 quilos de cocaína que eram descarregados de um caminhão e que seriam, na sequência, ocultados numa carga de chapas de granito e exportados para a Europa.
Naquele momento, foram presos em flagrante um empresário e um ex-policial.
Um terceiro homem, motorista do caminhão carregado com a droga, conseguiu fugir mas foi identificado e capturado em São Paulo, sendo preso em cumprimento de mandado de prisão preventiva. Em razão da rápida percepção de que se tratava de um caso de tráfico internacional, o caso foi encaminhado para a Polícia Federal.
A partir desse momento, foram estabelecidas amplas medidas de investigação e cooperação internacional visando obter junto a outras equipes da Polícia Federal, Estados Unidos e Europa, provas que pudessem ajudar a determinar os demais envolvidos na exportação criminosa que iria utilizar a estrutura portuária do Espírito Santo.
No decorrer da apuração, verificou-se que a droga foi adquirida na Bolívia e seguiria para o porto de Le Havre na França de onde seria distribuída para outros países daquele continente.
Controlando a ação em solo nacional, uma das maiores organizações criminosas em atuação no país, liderada pelo traficante conhecido como o “Escobar brasileiro”, considerado um dos maiores narcotraficantes do mundo em atividade.
Preso no ano passado na Hungria, numa parceria entre a Polícia Federal e a Polícia de Portugal, ele é investigado em vários países pelo envio de toneladas de cocaína a partir de portos brasileiros, em especial, o de Santos e Paranaguá e tentava colocar o Espírito Santo como alternativa para esses embarques.
Com as medidas cumpridas nesta manhã, a Polícia Federal considera que todos os envolvidos no envio da carga apreendida em Cachoeiro de Itapemirim foram identificados e agora seguirão a disposição da Justiça Federal para responderem ao processo criminal.
CRIMES
Os investigados poderão responder pela prática do delito de associação para o tráfico, tráfico internacional e interestadual de drogas e, eventualmente, pela lavagem de capitais. Se condenados, as penas aplicadas podem ultrapassar 30 (trinta) anos de prisão.