Nem mesmo o impacto mundial da pandemia de covid-19 conseguiu frear a produção e o consumo de cocaina no mundo.
Muito pelo contrário. Relatório da ONU divulgado nesta quinta-feira (16) mostra que o aperfeiçoamento do processo de fabricação da droga e o aumento da demanda e do cultivo de coca produziram uma montanha de pó mundo à fora.
Entre 2020 e 2021, segundo a ONU, houve um aumento de 35% na oferta de cocaína no mundo, o maior salto desde 2016
Ainda de acordo com a ONU, em 2020 foram produzidas cerca de 2.000 toneladas de cocaína.
Em 2014, quando a produção entrou em ciclo de crescimento, esse número não chegava à metade dos níveis atuais.
Em 2022, o mercado da droga voltou a crescer 35%, segundo o relatório, que aponta como motivos o surgimento de novos hubs de tráfico, como na África, e também inovações tanto no cultivo de coca quanto na produção da droga (que demanda mesclar as folhas de coca com produtos como ácido sulfúrico, amônia, e até gasolina).
A América do Norte segue como maior mercado para a cocaína no mundo, com 30% de participação.
As Américas Central e do Sul vêm na sequência, com 24% de participação, seguidas pela Europa, com 21%, e pela África, com 9%.
Os maiores produtores seguem os mesmos: Colômbia (61%), Peru (26%) e Bolívia (13%). O mercado brasileiro é estimado em 100 toneladas de cocaína por ano.
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