Geral Acorda Prefeito
Cariacica dá vexame nacional em tratamento de esgoto
Cidade está entre as 20 piores em saneamento no país
21/03/2023 13h51 Atualizada há 1 ano
Por: Redação
Incompetência e falta de vontade política emperram o saneamento no ES

Cariacica apresenta um dos piores índices nacionais de tratamento de esgoto se comparada às demais cidades brasileiras. É o que afirma um estudo do Instituto Trata Brasil, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), formado por empresas com interesse nos avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país.

De acordo com dados do estudo, em pleno século 21 mais de 33 mil pessoas não têm acesso à agua tratada em Cariacica. São quase 9% da população cariaciquense sem acesso à água numa das maiores cidades do Espírito Santo. 

E a coisa piora: 61,7% dos  moradores de Cariacica não contam com coleta de esgoto. São quase 240 mil pessoas jogando seus dejetos domiciliares nos mananciais que abastecem a cidade ou no mar. Os dados são de 2021 e refletem, no mínimo, uma péssima aplicação dos recursos em saneamento já que, somente em 2021, foram investidos quase R$ 49 milhões em infraestrutura de saneamento na cidade.

O saneamento básico é um direito garantido pela Constituição, e uma ferramenta estratégica essencial para o desenvolvimento da qualidade de vida no País. Mas além de ser essencial para a saúde das pessoas, o saneamento é vital para a sustentabilidade dos nossos rios, que hoje sofrem com toneladas de dejetos despejados em suas águas todos os dias.

A falta de saneamento básico afeta a saúde e as perspectivas de desenvolvimento de milhões de brasileiros. Sem falar que o acesso a este serviço é um direito garantido pela Constituição.

 

Praia sem mergulho

O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio, e o governador do Estado, Renato Casagrande, assinaram ordem de serviço para o início das obras de construção da Nova Orla de Cariacica, em Porto de Santana. A primeira praia artificial do município contará com calçadão e quiosques, porém, inicialmente, não será permitido banho no local.

A praia deverá ter cerca de 1.100m de areia (de comprimento) com 12m (maré vazia) e 8m (maré cheia) de largura. A previsão é de que as obras fiquem prontas em dois anos, com investimento de R$ 33,8 milhões.