O Parlamento de Uganda aprovou nesta semana um controverso projeto de lei anti-LGBT+, que torna atos homossexuais puníveis com a morte e criminaliza a identificação com qualquer letra da sigla. A medida atraiu forte condenação de ativistas de direitos humanos.
Todos, exceto dois dos 389 legisladores, votaram a favor do projeto radical, que introduz a pena capital e prisão perpétua para quem faça “sexo gay” e o que o texto chama de “recrutamento, promoção e financiamento” de “atividades do mesmo sexo”.
A lei deve ser agora sancionada pelo presidente Yoweri Museveni. Esta votação ocorre em Uganda em plena onda de homofobia na África Oriental, onde a homossexualidade é ilegal e, com frequência, considerada um crime.
Na semana passada, o presidente Musevini, no poder desde 1986, qualificou os homossexuais como “desviados”.
Poucos dias depois, a polícia ugandesa deteve seis pessoas por “prática homossexual”.
No mês passado, Musevini disse que Uganda não abraçará a homossexualidade, alegando que o Ocidente está tentando “obrigar” outros países a “normalizar desvios”.
Yoweri Museveni comanda Uganda com mão de ferro há 38 anos. Prisões, espancamento, tortura e sequestros de adversários são frequentes no país que mantém estreita relação com os EUA.