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Silicone: após morte de modelo Lygia Fazio, médica capixaba faz alerta

Buscar um profissional habilitado para realizar os procedimentos estéticos desejados é fundamental

02/06/2023 às 17h01 Atualizada em 02/06/2023 às 17h15
Por: Redação
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Thayla Campostrini explicou que esse material pode se espalhar para diversas parte do corpo, inclusive tempos depois da aplicação
Thayla Campostrini explicou que esse material pode se espalhar para diversas parte do corpo, inclusive tempos depois da aplicação

A morte da modelo Lygia Fazio, de 40 anos, na última quarta-feira (31) acendeu um alerta para o uso de algumas substâncias com fins estéticos.

A mulher veio a óbito após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), que ocorreu como consequência de complicações após aplicar silicone industrial e PMMA (polimetilmetacrilato).

O uso de silicone industrial com fins estéticos é considerado proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanintária (Anvisa).

O material tem como finalidades a limpeza de carros, impermeabilização de azulejos, vedação de vidros e outras utilidades.

A cirurgiã plástica Patricia Lyra ressaltou que muitos pacientes se submetem a este tipo de situação, enganados por falsas promessas. “Pessoas que se dizem especializadas vendem tais procedimentos como alternativa à cirurgia e injetam produtos que, na verdade, são prejudiciais à saúde”, alerta. 

A cirurgiã explica que os riscos associados ao silicone industrial vão de deformidades no contorno corporal até morte do paciente. “Além disso, uma vez injetado, é praticamente impossível a retirada completa do produto”, avisa. 

A dermatologista Thayla Campostrini explicou que esse material pode se espalhar para diversas parte do corpo, inclusive tempos depois da aplicação. “É um risco muito grande à saúde, mas algumas pessoas ainda optam por fazer uso por causa do custo mais baixo, porém pode acabar custando a vida, como infelizmente aconteceu com essa modelo”, ressaltou a médica dermatologista Thayla Campostrini.

A dermatologista alertou para a importância de buscar um profissional habilitado para realizar os procedimentos estéticos desejados. “Um profissional responsável irá levar em conta, primeiramente, a segurança e a saúde do paciente. E nem sempre é possível realizar o procedimento que o paciente deseja ao considerar isso”, destacou Thayla. 

Já o PMMA (Polimetilmetracrilato) é uma substância plástica que pode ser usada em forma de gel e que tem a autorização da Anvisa em apenas duas situações específicas. 

Uma delas é para correção de lipodistrofia (alteração no organismo que leva à concentração de gordura em algumas partes do corpo) provocada pelo uso de antirretrovirais em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

O outro caso é para fazer a correção volumétrica, que é uma forma de tratar alterações, como irregularidades e depressões no corpo, fazendo o preenchimento definitivo em áreas afetadas. Porém, por ser uma substância não reabsorvivel pelo organismo, não se recomenda seu uso com fins exclusivamente estéticos, pois caso a pessoa tenha complicações, elas tendem a ser crônicas e, muitas das vezes, graves.

A cirurgiã plástica Patrícia Lyra faz um alerta: “Sempre que o paciente quiser passar por algum procedimento estético, é fundamental se certificar que o produto utilizado é de boa procedência e procurar o profissional habilitado para isso: cirurgião plástico ou dermatologista”.

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