A pacata cidade de Jerônimo Monteiro, no Sul do Espírito Santo, tem pouco mais de 12 mil habitantes e fica a 177 quilômetros da capital, Vitória.
Acusado de uma série de irregularidades, entre elas desvio de energia e uso da Secretaria de Obras para atender interesses privados, o prefeito de Jerônimo Monteiro, Sérgio Farias Fonseca, literalmente despejou os vereadores das atuais instalações da Câmara Municipal.
O espaço onde funciona a Casa de Leis pertence à prefeitura, que atende a população no andar debaixo da Câmara.
Alegando precisar alocar secretarias que pagam aluguel, o prefeito deu 30 dias para os vereadores vazarem do prédio público, a contar do dia 16 de fevereiro.
Em contrarepresália, os vereadores vão abrir uma CPI para investigar e tentar cassar o prefeito. A acusação é desvio de energia elétrica.
A Secretaria de Obras também está na mira dos vereadores, que acusam o titular da pasta de usar os recursos e ferramentas do órgão para privilegiar amigos do prefeito.
O ex-vereador Mitter Mayer é um dos pivôs da crise. Segundo ele, após suas denúncias contra o prefeito, começaram as retaliações à Câmara.
O presidente da Câmara de Vereadores de Jerônimo Monteiro, Wagner Ribeiro Masioli, disse que vai acionar o Ministério Público para pedir mais tempo para cumprir o despejo, já que a Casa de Leis não tem orçamento para alugar um novo prédio.
O Portal Rede de Notícias tenta contato via celular com o prefeito Sérgio Farias.