Os vereadores de Jerônimo Monteiro, cidade do Sul do Espírito Santo, têm menos de um mês para deixar o prédio da Câmara Municipal e buscar outras instalações para realizar suas sessões ordinárias.
A determinação é do prefeito da cidade, que resolveu despejar os vereadores do prédio onde funciona a Câmara: em cima das instalações da prefeitura de Jerônimo Monteiro.
Um ofício assinado pelo prefeito Sérgio Farias Fonseca e protocolado na Câmara na última sexta-feira, 16, ordena a desocupação do prédio em 30 dias.
A alegação é de que a Prefeitura paga aluguel para abrigar secretarias e, com a retomada do imóvel, vai economizar com as locações e deixar a população mais próxima da administração.
O presidente da Câmara de Vereadores de Jerônimo Monteiro, Wagner Ribeiro Masioli, disse que vai acionar o Ministério Público para pedir mais tempo para cumprir o despejo, já que a Casa de Leis não tem orçamento para alugar um novo prédio.
"Fomos pegos de surpresa por essa determinação do prefeito. Desentendimento político não pode ser usado para prejudicar o povo, que vai ficar sem representatividade caso a Câmara seja desocupada", afirmou.
Ouvido pela reportagem do Portal Rede de Notícias, o ex-vereador Mitter Mayer disse que o pedido de reintegração da sede da Câmara é uma represália do prefeito após as sucessivas denúncias apresentadas contra o gestor municipal.
"Há condenação do prefeito até por furto de energia. São vários ilícitos cometidos que eu venho denunciando, inclusive usando a Tribuna Livre da Câmara. Logo após isso o prefeito apresentou o ofício pedindo o prédio da Câmara, afirma.
Nesta segunda-feira, 19, haverá sessão ordinária na Câmara e o caso deve ser debatido entre os parlamentares, que podem decidir pela instalação de uma CPI para investigar o prefeito.
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