"Sou independente em minhas ações dentro da Câmara e voto sempre pelos interesses do cidadão colatinense".
Com essa afirmação, o vereador de Colatina, Vitor Louzada (PL), abriu sua entrevista ao Portal Rede de Notícias fazendo questão de mostrar que não compactua com algumas práticas comuns entre o Legislativo e o Executivo municipais.
Dentre essas práticas, Vitor Louzada aponta a indicação de cargos comissionados na Prefeitura.
"Diferente de muitos, não tenho cargos na administração municipal. Não devo nada ao prefeito. Isso nos dá liberdade para agir conforme planejei para este mandato, com foco no cidadão", afirmou.
De acordo com o segundo vereador mais votado de Colatina, a atual gestão concentrou o poder de decisão nas mãos do secretário de Governo, Nilo Locatelli, esvaziando o diálogo do prefeito Renzo Vasconcelos com os vereadores.
"Não atender o vereador é não atender a população", declarou Louzada.
Na linha de vereador crítico e com um pé na oposição, Vitor Louzada disse que o sentimento na cidade é de piora na qualidade dos serviços prestados, além da falta de soluções para o trânsito caótico da cidade
"Prometeram o uso de inteligência artificial para melhorar a mobilidade urbana. O que vemos é pedra de concreto pintada de amarelo para sinalizar o acesso à Ponte do Irajá. A população sabe que não está recebendo o que foi prometido", acusa Louzada.
Louzada aponta ainda para o aumento da violência na cidade. "O prefeito não conseguiu emplacar sequer o secretário de Segurança que ele queria, ai vocês estão vendo o resultado", aponta Vitor Louzada.
Mandato
Além das críticas à administração, Vitor Louzada pontuou seus primeiros cinco meses de mandato. Segundo ele, o seu foco é a Saúde e o bem-estar da população.
"Apesar de não ser recebido pelo secretário de Saúde da cidade, estou acompanhando e cobrando melhorias no setor que mais aflige a comunidade. Precisamos ampliar o atendimento no interior e ofertar mais resolutividade aos pacientes", diz o vereador do PL.
Louzada deve apresentar projeto que obriga a prefeitura a colocar em um painel, na recepção das unidades de Saúde, o nome dos médicos plantonistas diariamente.
"Em Vitória já funciona assim e gera transparência. É o paciente quem vai fiscalizar se o profissional está trabalhando", defende.
O vereador apresentou ainda projeto que obriga exame toxicológico para os vereadores que atuam na casa. Além de propor atestado de idoneidade para os indicados a cargos comissionados.
"Não dá para ter acusados de crimes nomeados e pagos com verba pública", disse.
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