Passa de 1.200 o número de beneficiários milionários suspeitos de fraudar o programa que concede bolsas de estudo para o ensino superior em Santa Catarina, aponta o TCE-SC (Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina).
Entre os casos analisados, um aluno faz parte de uma família com patrimônio que ultrapassa os R$ 800 milhões — e mesmo assim teria cursado a universidade de maneira gratuita com o benefício.
A lista conta ainda com 19 alunos que integram famílias com bens que ultrapassam os R$ 200 milhões, segundo o TCE-SC.
"Caso as informações não decorram de erro grosseiro de preenchimento pelos alunos, chama a atenção a existência de grupos familiares com tais valores patrimoniais e que apresentem renda dentro da margem fixada pelos programas, tendo em vista que provavelmente essas famílias possuam imóveis alugados, rendimentos de atividade empresarial, rendimentos de aplicações financeiras" aponta o relator Gerson do Santos Sicca no relatório.
E os mais pobres?
As bolsas do programa Universidade Gratuita e do Fumdesc (Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior Catarinense), em que foram constatadas irregularidades, são direcionadas a pessoas em vulnerabilidade econômica ou que não conseguem bancar os cursos com a própria renda. O Fumdesc gerencia parte da verba destinada às bolsas e direciona para a permanência de estudantes no ensino superior.
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