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Os gastos com o cartão corporativo da presidência da República, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), vieram a público revelando ao menos R$ 27,6 milhões em despesas.
Muitas delas chamam a atenção pelos valores em hotéis de luxo a gastos pessoais com sorvetes e cosméticos.
As informações foram conseguidas pela Fiquem Sabendo - agência de dados públicos especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI).
Um pedido feito em 18 de dezembro foi respondido na noite de 11 de janeiro, indicando um link em que constam os dados dos gastos do cartão corporativo de todos os presidentes da República desde 2003, início do primeiro mandato de Lula. Esse modelo de transparência não foi usado em gestões anteriores.
Por exemplo, as despesas de Michel Temer só vieram a público a partir de um pedido feito via LAI.
Os últimos lançamentos de notas fiscais datam de 19 de dezembro, referente a compra de comida.
Se ocorreram gastos posteriores, pagos com cartão corporativo, ainda não constam no sistema.
Valores usados pela Presidência em viagens internacionais, como a ida para o funeral da rainha Elizabeth II, também não constam no levantamento.
Em alguns dos exemplos, a gestão Bolsonaro gastou R$ 362 mil em uma rede de padarias do Rio - incluindo datas próximas a motociatas na cidade.
Há também R$ 1,46 milhão usado para pagar um hotel no Guarujá, no litoral de São Paulo, local de visita frequente do ex-presidente.
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