No dia 1º de outubro celebra-se o Dia do Idoso. Aqui no Brasil existem mais de 32 milhões de pessoas acima dos 60 anos, além de mais de 7,5 milhões de pessoas com mais de 85 anos, de acordo com o Censo Populacional do IBGE 2022.
Esse número representa um aumento de 56% em relação ao Censo de 2010. O aumento no número de idosos levanta uma série de questões em relação ao envelhecimento saudável dessa parcela representativa da população.
A prática regular de atividade física é uma delas, proporcionando uma lista de benefícios para a saúde da pessoa idosa, segundo um recente estudo publicado na revista científica GeroScience. A pesquisa revelou que exercícios aeróbicos e de musculação podem ser benéficos para a saúde cerebral de quem tem 60+.
Os pesquisadores observaram 184 idosos saudáveis com idades entre 85 e 99 anos, e os dividiram em três grupos: o dos sedentários, o dos praticantes de exercícios cardiovasculares e aqueles que combinavam exercícios cardiovasculares com treinamento de força.
Os idosos que participaram do estudo foram submetidos a diversos testes cognitivos, e os resultados mostraram que aqueles que praticavam exercícios cardiorrespiratórios com a musculação tiveram desempenho melhor com relação à velocidade de processamento cognitivo e funções executivas, que são aptidões necessárias para controlar os pensamentos, emoções e ações.
“A prática de musculação na terceira idade contribui para deixar os músculos mais fortes, prevenindo a atrofia, e isso ajuda o idoso a se manter ativo, independente, com uma qualidade de vida mais elevada em todos os sentidos. Já os exercícios cardiovasculares melhoram a circulação sanguínea, ajudam a reduzir a quantidade de gordura corporal e contribuem para a saúde cardiovascular”, explicou o médico geriatra Gustavo Genelhu.
“Os exercícios elevam os níveis de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que aumentam a sensação de bem-estar. E quando o idoso desfruta de uma vida saudável, sem uma rotina de dores e muitas limitações, fica menos propenso a desenvolver problemas emocionais, como depressão, ansiedade e até doenças degenerativas, como demências”, destacou Genelhu.
O geriatra Gustavo Genelhu lembrou, ainda, que a atividade física na terceira idade, para trazer melhores resultados, precisa ser associada a uma boa alimentação, um convívio social e familiar saudável e acompanhamento médico regular. “Todos os exercícios, inclusive, precisam ser liberados pelo médico e orientados por um educador físico, para que não haja riscos de lesões”.
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