O senador Marcos do Val (Podemos-ES) é acusado pela Polícia Federal de “dificultar e embaraçar os procedimentos investigatórios relacionados à tentativa de golpe de Estado”.
Apesar de não constar da lista com os 37 indiciados pela Polícia Federal, o senador é citado em um capítulo de 53 páginas do relatório da PF, denominado “as ações do senador Marcos do Val”. Este trecho complica a situação do parlamentar na Justiça.
Segundo a PF, as provas levantadas mostram como o senador mudou sua narrativa sobre o envolvimento de Jair Bolsonaro, após ser pressionado pelo entorno do ex-presidente, e tentou desacreditar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As conclusões relacionadas ao capixaba serão compartilhadas em outros inquéritos em que ele está envolvido, o que explica por que ele não foi indiciado desta vez.
“Em mensagens enviadas pelo Senador Marcos do Val à deputada federal Carla Zambelli, o congressista evidencia seu elemento subjetivo criminoso em embaraçar as investigações envolvendo a tentativa de golpe de Estado e em descredibilizar o ministro Alexandre de Moraes”, mostra trecho do relatório.
O general Mario Fernandes, preso pela PF como um dos cabeças do plano, também fez anotações que indicam que Do Val tinha a intenção de “demonizar” Moraes.
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