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Gestão Guerino Balestrassi quebra ciclo de 5 anos de redução de homicídios e permite avanço de facções criminosas em Colatina

Com 28 assassinatos em 2024, Colatina volta à triste página policial

26/12/2024 às 20h22 Atualizada em 29/12/2024 às 03h59
Por: Redação
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Fotomontagem Geison Uilian
Fotomontagem Geison Uilian

Ao apagar das luzes de 2024, o morador de Colatina sente na pele a falta de gestão do prefeito Guerino Balestrassi (MDB) em diversas áreas.

A Segurança foi uma das pastas que mais deixou a desejar, acumulando centenas de ocorrências que poderiam ter sido evitadas com ações preventivas e parcerias com as forças públicas de repressão à criminalidade.

Até 2017 a Princesinha do Norte registrava mais de 30 homicídios por ano.

A estatística de 2017, mesmo com a maior crise de segurança pública da história do Espírito Santo, apresentou a primeira redução de assassinatos para menos de 30 mortes.

Já em 2018 os números continuaram a cair, descendo de 16 homicídios por ano para 15 em 2019. A redução continuou em 2020 com a marca de 13 homicídios.

No ano de 2021 o atual perfeito assumiu a cidade, ainda com o sistema de segurança pública organizado e colhendo os resultados de quatro anos de redução dos índices. 

Já em 2022, em seu segundo ano de gestão, começaram as crises na Segurança, com aumento das mortes violentas em virtude de intensos confrontos que colocaram em risco a vida do cidadão.

Criminosos ligados ao Terceiro Comando Puro (TCP) e Comando Vermelho (CV), conhecido como “Tropa do Urso”, ganharam terreno diante da pouca resistência sistêmica e conjunta do Poder Público. 

Como medida emergencial, a administração Balestrassi reativou o Gabinete de Gestão Integrada (GGIM) com objetivo de criar uma sensação de segurança na cidade. 

Foram feitas reuniões e divulgações de ações que não tiveram impacto direto na redução das estatísticas. O grupo não evoluiu e o número de mortes explodiu: foram 21 homicídios em 2022.

Já em 2023 a série de roubos a estabelecimentos comerciais e furtos demonstrou a fragilidade da política de Segurança. As mortes por ataques passaram a ser uma constante na cidade. 

Ocorrências nunca antes vistas em Colatina pipocaram na cidade. Ônibus queimados e disparos contra grupos rivais à luz do dia nas ruas foram registrados pela primeira vez na cidade, deixando a população colatinense assustada. 

O terceiro ano de gestão encerrou com 27 homicídios, aproximando-se dos horrores de 2017.

O ano de 2024 foi marcado pelo domínio das facções criminosas, sendo responsável por mais de 80% das mortes. 

Pela primeira vez na história a cidade registrou um triplo homicídio relacionado ao tráfico de drogas no bairro Olívio Zanotelli, região onde não se viam mortes havia mais de 5 anos. 

Novamente, como medida emergencial, a atual gestão realizou a divulgação de implementação da Guarda Civil Municipal armada, que até a presente data só conta com arma de choque elétrico. 

O lançamento efetivo do patrulhamento da GCM aconteceu em novembro, mês que ficou marcado com o registro de 5 mortes, o maior número do ano.  

Com a desestruturação, a gestão de Balestrassi chega ao final amargando resultados negativos na área de Segurança, já com 28 homicídios em 2024, roubos constantes, arrombamentos e lojas com vidraças quebradas, além de aluna baleada na saída da escola. 

Tropa do Terror

O poder de fogo dos bandidos que atuam em Colatina é tão grande que um dos integrantes da Tropa do Urso, grupo criminoso responsável por ações violentas em bairros de Colatina e outras cidades do Norte e Noroeste, é a pessoa com o maior número de mandados de prisão em aberto no Espírito Santo. 

Bryan Lyrio Deolindo tem 33 anos e lidera a lista com dez pedidos de detenção, oito deles envolvendo situações de assassinatos e outros dois por tráfico de drogas e posse ilegal de armas.

As informações estão no banco nacional de mandados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

Bryan figura ainda no rol dos dez criminosos mais procurados do Estado, ocupando a sétima posição. É descrito no documento como traficante que tem “forte atuação nas regiões Norte e Noroeste do Espírito Santo”.

Também é apontado como sendo o intermediador e facilitador de acordos estabelecidos entre criminosos do Espírito Santo e os do Estado do Rio de Janeiro.

Os problemas causados por ele são mais frequentes em 12 bairros:

Bela Vista 

São Judas Tadeu

Operário 

Perpétuo Socorro 

Acampamento 

São Pedro 

São Marcos 

Nossa Senhora Aparecida 

Fioravante Marino 

Ayrton Senna 

Olívio Zanotelli 

Luiz Iglesias. 

Todos bairros com população numerosa, em vulnerabilidade social e mais sujeitos às ações do tráfico com meios violentos.

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