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Janeiro Verde: campanha reforça a importância dos exames para detectar câncer que demora a emitir sintomas

Foco é reforçar o incentivo às mulheres para a realização do exame preventivo de forma regular, de preferência, anualmente.

15/01/2025 às 15h14 Atualizada em 15/01/2025 às 15h33
Por: Redação
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Foto Assessoria - Oncologista Juliana Alvarenga fala sobre exames e prevenção
Foto Assessoria - Oncologista Juliana Alvarenga fala sobre exames e prevenção

O câncer de colo de útero é, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o terceiro mais comum em mulheres brasileiras. Somente em 2025, são esperados mais de 17 mil novos diagnósticos em todo o país. E os médicos alertam: a realização periódica do exame preventivo - chamado de papanicolau - é fundamental para o diagnóstico precoce.

“Isso acontece porque o câncer de colo de útero é uma doença com desenvolvimento lento, que pode passar um bom período sem sinais e sintomas específicos. Quando ele emite sinais, como sangramentos vaginais e dores, costuma estar em um estado avançado”, alerta a oncologista Juliana Alvarenga.

Por isso, a campanha Janeiro Verde tem como foco reforçar o incentivo às mulheres para a realização do exame preventivo de forma regular, de preferência, anualmente.

“A detecção precoce é uma estratégia importantíssima para encontrar o tumor em fase inicial, com chances de cura que são de, praticamente, 100%. O exame preventivo é fundamental para detecção do câncer de colo de útero nessa fase, mas, infelizmente, em muitas regiões, ele não é ofertado em quantidade suficiente ou não é buscado por todas as mulheres”, alerta a médica.

Fatores de risco

Um dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de colo de útero é a infecção persistente pelo HPV, vírus que se configura como um Infecção Sexualmente Transmissível (IST). A infecção pelo HPV é comum, com estudos demonstrando que cerca de 80% das mulheres vão contraí-lo em algum momento de sua vida.

Na maior parte dos casos, a infecção pelo vírus é passageira e regride espontaneamente no prazo de seis meses a dois anos. Porém, na pequena quantidade de casos em que o vírus persiste, ele pode ser causado por um subtipo oncogênico, ou seja com potencial de provocar alterações cancerosas nas células.

“Prevenir o surgimento do câncer de colo de útero passa, fundamentalmente, por prevenir a infecção pelo HPV. Os preservativos, tanto masculino como feminino, protegem apenas parcialmente, uma vez que o contágio pode ser da não apenas pelos fluidos, mas pelo contato da região genital como um todo”, explica a médica.

“Por isso, junto com a realização periódica do exame papanicolau, a vacinação contra o HPV, existente no Brasil desde 2014, é outra estratégia de prevenção importante”, complementa.

Tratamento

O tratamento do câncer de colo de útero depende do estadiamento da doença e outros fatores, como idade da paciente e desejo de ter filhos. Cirurgia, radioterapia ou quimioterapia estão entre as possibilidades.

Já as lesões precursoras - aquelas que indicam a possibilidade de evolução para um tumor - podem ser tratadas a nível ambulatorial, de forma mais simplificada.

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