Nos últimos anos, a indústria mundial tem explorado o potencial das proteínas de insetos como alternativa sustentável para a produção de alimentos.
Uma das substâncias mais comuns derivadas de insetos é o carmim (ou E120). Esse corante é amplamente utilizado para dar tons vermelhos e rosados a alimentos como iogurtes, sorvetes, bebidas, bolos e até donuts.
O carmim é extraído de fêmeas desidratadas do inseto cochonilha. Após a secagem e pulverização, obtém-se um pó que é usado como corante natural. Só em 2017, o Peru exportou cerca de 647 toneladas de carmim.
Além de alimentos, o carmim é amplamente utilizado em cosméticos, como batons e shampoos. Segundo a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), para produzir 500 gramas de carmim, podem ser necessários até 70 mil insetos.
O shellac é outra substância derivada de insetos, usada principalmente para dar brilho a alimentos, como chocolates ou doces. Ele é produzido a partir da secreção da fêmea do inseto lac.
Embora o shellac em si não seja o inseto, seu processo de produção envolve a morte de milhares de insetos. Segundo a PETA, para produzir 500 gramas de shellac, cerca de 100 mil insetos podem morrer. Nos rótulos, ele pode aparecer como E904.
A utilização de substâncias derivadas de insetos é justificada por sua origem natural, eficiência e propriedades únicas. No entanto, o impacto ético e ambiental do uso desses ingredientes continua sendo debatido.
Entre os consumidores, ainda existem muitas dúvidas relacionadas à cultura alimentar, segurança e, principalmente, ao fator de nojo.
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