Em entrevista à Coluna Plenário, do jornal A Tribuna, o deputado estadual Sérgio Meneguelli (Republicanos) disse que já está conversando com outros partidos na tentativa de conseguir legenda para disputa ao Senado.
A tarefa é difícil, para não dizer quase impossível. Os espaços de disputa de poder estão praticamente fechados em acordos selados por caciques do alto escalão de partidos cheios de verba eleitoral.
Por outro lado, Meneguelli esperou demais por uma definição do prefeito de Colatina e presidente do PSD no Espírito Santo, Renzo Vasconcelos.
Depois de declarar apoio a Renzo nas eleições de 2024, Meneguelli contava com a promessa de Vasconcelos para disputar uma das duas vagas ao Senado pelo PSD.
Doce ilusão do parlamentar, que admitiu à coluna do jornalista Eduardo Maia que já está conversando com outras siglas na tentativa de viabilizar uma canditura à Câmara Alta.
Ao dizer que conversa com outros partidos, Meneguelli dá a entender que já foi traído por Renzo Vasconcelos e pelo dono PSD na esfera nacional, Gilberto Kassab.
Essa não será a primeira vez que Meneguelli é descartado pela porta dos fundos pelo grupo que o cerca.
Sob o comando de Erick Musso, Meneguelli acabou rifado pelo Republicanos da disputa ao Senado em 2022, quando o próprio Musso ocupou a legenda e perdeu para Magno Malta.
Erick Musso, à época, obteve 337.642 votos para o Senado, ficando em terceiro lugar, atrás também da então senadora derrotada à reeleição, Rose de Freitas (MDB).
Magoado, Meneguelli pode ser uma bomba relógio para Renzo Vasconcelos. Como é sabido em Colatina, Meneguelli vendeu caro seu apoio à Família Vasconcelos para desbancar o então prefeito, Guerino Balestrassi.
Com o palanque da Tribuna do Plenário da Assembleia Legislativa e a caneta para destinar verbas ao município que quiser, Meneguelli pode tornar-se uma pedra no tênis importado do prefeito da Princesa do Norte.
Mín. 19° Máx. 22°