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Café da manhã reforçado evita doenças, conclui estudo

No estudo espanhol, o café da manhã considerado de boa qualidade incluía proteínas, carboidratos e fibras.

11/03/2025 às 11h05 Atualizada em 11/03/2025 às 13h16
Por: Redação
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Foto internet
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Um novo estudo, publicado no periódico científico Journal of Nutrition, Health and Aging, mostra uma associação entre um café da manhã reforçado e a proteção contra problemas cardiovasculares.

Ao todo, os pesquisadores da Espanha acompanharam, por três anos, 383 participantes do PREDIMED-Plus, projeto que reúne informações sobre o estilo de vida de mais de 7 mil espanhóis.

Todos tinham entre 55 e 75 anos e estavam acima do peso ou com obesidade.  A análise evidenciou o elo entre o consumo de um desjejum saudável com uma menor circunferência da cintura, além do equilíbrio nas taxas de colesterol e triglicérides.

Tais fatores aumentam o risco de distúrbios como a aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nas artérias e fator de risco para infarto e outros problemas.

“Uma das hipóteses que ajudam a explicar esse resultado é a de que os adeptos dessa refeição tendem a se alimentar adequadamente não só pela manhã, mas também no decorrer do dia”, avalia Carla Muroya, nutricionista do Programa Obesidade e da Unidade Check-up do Hospital Israelita Albert Einstein.

No estudo espanhol, o café da manhã considerado de boa qualidade incluía proteínas, carboidratos e fibras. Havia pouco espaço para açúcares e gorduras saturadas, e a refeição correspondia a 20% das calorias diárias.

Além da proteção cardiovascular, outros trabalhos já mostraram uma relação entre a refeição matinal e o controle de peso — existem evidências de que ela ajuda a brecar o apetite.

Mesmo com tantas benesses comprovadas, porém, muita gente prefere partir para as atividades cotidianas sem comer nada. “Há aqueles que não sentem fome logo cedo”, comenta a nutricionista Daniela Boulos, da Unidade de Check-up do Hospital Israelita Albert Einstein.

Outros alegam enjoos. Questões como a rotina e, claro, as características de cada um, contam pontos nesse contexto. “Se a pessoa consegue atingir as metas de nutrientes ao longo do dia, não há problema em pular a refeição”, pondera Boulos. Afinal, é importante respeitar a individualidade.

Quem costuma exagerar no jantar pode acordar com pouco apetite, por exemplo. Mas, em geral, após oito horas de sono, a tendência é de que organismo precise suprir as reservas energéticas para, assim, garantir disposição. Até mesmo a cognição e o humor podem ser afetados pela falta de comida, sobretudo entre os mais suscetíveis.

 

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