Vai ser difícil o Congresso Nacional sustentar a tese pró-anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro depois que áudios foram revelados pela Polícia Federal (PF) com declarações do agente Wladimir Soares.
O agente da PF é investigado por participação na tentativa de golpe de estado e, nas gravações divulgadas, faz uma síntese de tudo o que a investigação descobriu até o momento e têm o potencial de desidratar a principal aposta política do entorno de Jair Bolsonaro: a anistia.
O áudio chega como uma bomba no Congresso Nacional, pois corrobora os relatos e provas já reunidos, tornando mais difícil encontrar apoio político para a anistia de investigados ligados aos atos golpistas.
Com isso, enfraquece ainda mais a chance de se encontrar parlamentares simpáticos a essa proposta.
O conteúdo das mensagens reforça o caráter estruturado da tentativa de golpe.
Esse tipo de evidência desmonta a narrativa de que os atos foram espontâneos ou motivados apenas por indignação popular, minando o discurso de que podem ser perdoados.
De acordo com a perícia da PF, os áudios foram encontrados em aparelhos eletrônicos do policial Wladimir Soares, preso preventivamente durante as investigações.
Nas gravações, ele afirma que estava pronto para participar de uma ação para prender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles Alexandre de Moraes, e revela que aguardava apenas um "ok" do ex-presidente Bolsonaro. "O presidente deu para trás", disse o agente no áudio.
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