Coube ao ex-governador Paulo Hartung (sem partido) tomar as rédeas do PSD no Espírito Santo e sacudir a mesmice na qual o partido está mergulhado desde que o prefeito de Colatina, Renzo Vasconcelos, assumiu a presidência da sigla no Estado, em 2023.
Sem avisar a Renzo Vasconcelos, Hartung pegou o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), pelas mãos levou até o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que acolheu Arnaldinho e se dispôs, inclusive, a avaliar a saída de Renzo Vasconcelos do comando do PSD no Espírito Santo, numa tentativa de oxigenar o partido, engessado sob a administração pífia do prefeito de Colatina.
Vale lembrar que, mesmo com toda a estrutura nacional que Kassab deu a Renzo Vasconcelos, o herdeiro milionário da família que comanda um hospital e uma faculdade em Colatina só conseguiu eleger, além dele mesmo, mais dois prefeitos no Espírito Santo.
E, mesmo assim, esses dois prefeitos do PSD estão na base de apoio do governador Renato Casagrande (PSB), desafeto de Renzo. Ou seja, até quem contou com a ajuda do PSD e de Renzo Vasconcelos, virou as costas para o prefeito e para o partido.
O movimento de PH e Arnaldinho teve repercussão nacional e deixou o Palácio Anchieta em alerta. 24 horas depois do encontro de Kassab, Arnaldinho Borgo correu aos braços de Casagrande, a quem deve sua governabilidade em Vila Velha, calcada no apoio institucional e financeiro ao prefeito canela-verde.
Arnaldinho quer ser governador, mas esbarra na falta de apoio para encarar o escolhido de Casagrande para disputar a sua sucessão: o eterno vice-governador, Ricardo Ferraço.
Enfraquecido, isolado e enfrentando muitas dificuldades para administrar a sua cidade, Renzo Vasconcelos se vê acuado em um cenário político desfavorável. Em Colatina, o que se ouve é que Vasconcelos administra sob as ordens do seu chefe de gabinete, sem diálogo com a sociedade, com a Câmara de Vereadores e Governo do Estado.
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