Traficantes usavam cabeças de inimigos para jogar bola

Um dos estados brasileiros mais afetado pelo avanço das quadrilhas de traficantes de drogas que dão as ordens no Brasil, o Ceará registrou nada menos que mil assassinatos violentos nos dois últimos anos.

Segundo o procurador-geral de Justiça do Rio, Antonio José Campos Moreira, o grupo cearense filiado ao CV era responsável por uma onda de mortes que visam intimidar os inimigos e chantagear as forças governamentais.

A maioria dos crimes, segundo o procurador, é cometida com requintes de crueldade.

Campos Moreira descreve que os integrantes da facção usavam motosserras para esquartejar seus inimigos e até jogavam futebol com suas cabeças. Ele diz ainda que filmavam tudo.

Polícia se mexe

Numa megaoperação conjunta realizada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro e do Ceará, a cúpula de uma facção cearense que operava à distância a partir da capital fluminense sofreu um duro baque.

O principal alvo era o Comando Vermelho do estado nordestino que, segundo o Ministério Público, ordenou mais de mil homicídios nos últimos dois anos.

Durante a ação, agentes encontraram uma mansão de luxo na Dioneia, região no alto da Rocinha, usada como base do grupo criminoso. O imóvel, equipado com piscinas aquecidas, cascata, área gourmet, academia, sinuca e deck panorâmico, dava mostra do poder da quadrilha interestadual.