O vereador e médico, Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, de 38 anos, filiado ao Partido Liberal da cidade de Canarana, a 838 km de Cuiabá, no Mato Grosso, foi preso sob as acusações de estupro de vulnerável e armazenamento de imagens de abuso e exploração sexual infantil.
Além de sua atuação política, Thiago Bitencourt é médico, e, segundo as investigações, utilizava sua profissão para ter acesso a vítimas.
Conforme o delegado de Canarana, Flávio Leonardo Santana, a investigação revelou que o médico estava se relacionando com uma adolescente de 15 anos que era submetida à escravidão sexual.
Além disso, existem evidências que demonstram que os abusos aconteciam desde que ela tinha 12 anos. Há também indícios de que o suspeito utilizava essa menor para abusar sexualmente de uma criança de dois anos.
A prisão ocorreu após o cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência e clínica do vereador. Ele passou por audiência de custódia no mesmo fim de semana, e a Justiça decretou a prisão preventiva, considerando a gravidade do caso.
As provas indicam que o vereador se valia de sua profissão para ter acesso às vítimas.
Com base nesses elementos, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão tanto na casa quanto no consultório de Thiago. Na residência, foram encontrados e apreendidos aparelhos eletrônicos contendo imagens pornográficas envolvendo crianças e adolescentes.
A polícia afirma que o material foi produzido e armazenado pelo médico, que também é suspeito de divulgar as imagens.
O Partido Liberal (PL) divulgou uma nota de repúdio ao caso e anunciou a suspensão preventiva da filiação do vereador. Segundo a nota, a medida visa a garantir que o "devido processo legal de exclusão de sua filiação seja respeitado, conforme previsão legal".
O PL, em conjunto com o PL Mulher, em nota, pediu reforço nas medidas contra o autor do crime naquilo que compete ao partido.
"Reafirmamos o nosso compromisso com a proteção das crianças e adolescentes e, de forma alguma, admitiremos condutas semelhantes a essas por parte de filiados ou de quem quer que seja", finalizou a nota.