Com medo da repercussão de suas decisões atabalhoadas, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), saiu pela porta dos fundos para evitar a imprensa no 13° Fórum de Lisboa (Gilmar Palloza)
Na manhã desta terça-feira (2), ele participou da cerimônia de abertura do evento e da primeira mesa de debates, na companhia do ministro Gilmar Mendes, do STF, e de outras autoridades brasileiras e portuguesas.
Ainda enquanto colaborava com as conversas no palco do auditório da reitoria da Universidade de Lisboa, a assessoria de comunicação do parlamentar disse que ele concederia uma entrevista coletiva do lado de fora do recinto, numa área envidraçada destina à imprensa, onde foi instalado um fundo com inscrições e logotipos referentes ao encontro político.
Assim que a informação foi confirmada, mais de 50 repórteres, cinegrafistas e fotógrafos para lá se encaminharam, mas foi tudo em vão.
A confirmação era só uma tática para despistar os jornalistas. Pouco depois, veio a informação de que ele havia saído com seu staff pelos fundos da reitoria.
O comportamento vergonhoso apenas referendou o que todos já notaram nos últimos dias: Motta anda assustado e receoso de que algum questionamento sobre suas atitudes seja feito.
Nos bastidores, o que se diz é que Motta anda muito assustado com a reposta dos eleitores nas redes sociais, em sua maioria, massacrando o presidente da Câmara.
Filhote do Bolsonarismo decaden
Alinhado com a extrema direita bolsonarista, e bem afinado com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o deputado está abertamente sabotando o governo do presidente Lula (PT).
Integrante de um grupo partidário que detém 14 ministérios na administração federal, ele e seus correligionários votam de forma desavergonhada contra todos os projetos do governo, colocando o Planalto numa situação complicada.
A derrubada inconstitucional do aumento do IOF, feita à fórceps e em parceria com o Senado, que agora foi judicializada por decisão de Lula, que recorreu ao Supremo, foi o auge dessa manobra cínica, o que pode sinalizar que, daqui para frente, o que estava ruim para o Planalto pode ficar ainda pior.
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