Um escritório de advocacia e dois técnicos do INSS são investigados pela Polícia Federal no Espírito Santo por fraudar documentos para obter aposentadorias indevidas.
Agentes da PF deflagraram na manhã desta quinta-feira (31) a Operação RISCO ZERO, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso de fraudes para obtenção de aposentadorias especiais, com base em documentos de comprovação de risco falsos.
A investigação teve início em 2022, quando o INSS encaminhou notícia crime de uso de formulários falsos de Perfil Profissiográfico Previdenciário, conhecidos como PPP’s, por um requerente de aposentadoria especial.
Com base nessa informação, a Força Tarefa Previdenciária, integrada pela Polícia Federal e Ministério da Previdência Social, identificou em uma das amostragens 57 processos de concessão de benefícios suspeitos, em que foram usados aproximadamente 200 formulários de PPP’s com indícios de falsidade.
Os formulários foram assinados por 02 técnicos do trabalho e todos os processos foram representados, administrativamente ou judicialmente, por um mesmo escritório de advocacia.
O levantamento inicial, com base apenas nos processos já identificados como objeto de fraude, é de que o prejuízo supere a cifra de 500 mil reais, podendo ser apenas uma fração do real prejuízo, cujo valor total deverá ser apurado após uma auditoria nos processos que tenham os investigados atuados como procuradores ou técnicos.
Foi cumprido um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça federal na residência de um técnico do trabalho suspeito da prática do crime.
Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de falsificação de documentos, uso de documentos falsos e estelionato previdenciário.
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