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Está faltando homem: IBGE diz que existem 92 homens para cada 100 mulheres no Brasil

Censo aponta que o sexo feminino tem razão em reclamar da falta de parceiros

22/08/2025 às 12h35 Atualizada em 22/08/2025 às 12h53
Por: Redação
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Foto Alexandre Damazio - Cada vez mais solitárias, mulheres reclamam da falta de homem na praça
Foto Alexandre Damazio - Cada vez mais solitárias, mulheres reclamam da falta de homem na praça

Uma das reclamações mais recorrentes entre as mulheres ultimamente é a falta de parceiros do sexo masculino para um relacionamento, e olha que nem precisa ser nada sério. 

Essa escassez de homens agora foi confirmada por dados oficiais. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) 2024, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE, o Brasil registra atualmente 92 homens para cada 100 mulheres.

A disparidade aumenta conforme a idade. No Rio de Janeiro, por exemplo, entre pessoas com mais de 60 anos, são apenas 70 homens para cada 100 mulheres. Em São Paulo, a proporção é de 77 para 100 na mesma faixa etária.

Em 2022, o último Censo já havia apontado a diferença: o país tinha 104,5 milhões de mulheres contra 98,5 milhões de homens, cerca de 6 milhões a mais. O fenômeno é explicado por dois fatores principais:

Maior mortalidade masculina em decorrência de acidentes e violência, que atingem sobretudo jovens;

Maior cuidado com a saúde por parte das mulheres, que vivem mais e com melhor qualidade.

A tendência não é recente. A série histórica da PNAD mostra que, desde 2012, a participação feminina na população brasileira é ligeiramente superior e se mantém em crescimento.

Nascer homem, viver menos

Biologicamente, nascem mais meninos que meninas — entre 3% e 5% a mais. No entanto, a partir dos 24 anos, a balança se inverte: mortes violentas, acidentes e descuidos com a saúde reduzem a população masculina, enquanto as mulheres, em média, vivem mais.

Essa diferença se torna ainda mais evidente diante do envelhecimento populacional e da redução da taxa de natalidade no Brasil.

“O que vemos é que os homens morrem mais cedo, principalmente por causas externas, enquanto as mulheres conseguem viver mais porque se cuidam melhor”, explica William Kratochwill, analista do IBGE responsável pela apresentação dos novos dados.

Estados com exceção

Apesar de a tendência se repetir em praticamente todo o país, Tocantins (105,5 homens para cada 100 mulheres) e Santa Catarina (100,9 para 100) fogem à regra. A explicação está ligada ao tipo de atividade econômica, como mineração e agronegócio, que atrai mais trabalhadores homens.

Casamento: bom para eles, pesado para elas

Curiosamente, especialistas apontam que essa diferença não significa, necessariamente, desvantagem para as mulheres. O professor Paul Dolan, da London School of Economics, afirma que mulheres solteiras e sem filhos tendem a ser mais felizes e saudáveis do que as casadas.

Segundo ele, os homens se beneficiam mais do casamento porque passam a se cuidar melhor, enquanto muitas mulheres acabam sobrecarregadas pela soma de responsabilidades profissionais, domésticas e familiares.

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