Para ilustrar a banalidade da política partidária no Brasil basta dar uma olhada no movimento de três dos quatro governadores recém-empossados em seus mandatos atuais na região Sudeste do país.
No Rio de Janeiro, Claudio Castro foi reconduzido ao Palácio da Guanabara com a ajuda do aliado e hoje ex-presidente, Jair Bolsonaro. Agora, Castro já negocia uma saida menos dolorosa do PL em meio a uma aproximação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Já o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), estuda migrar para o partido de Bolsonaro e se consolidar no campo de oposição ao PT.
O autor do assédio declarado a Zema é o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que tem manifestado sua intenção de filiar o governador mineiro aos quatro cantos.
No passado recente o governador não deu ouvido a conselhos de aliados e optou por permanecer no Novo, que aceitou pela primeira vez formar coligações para atender sua chapa à reeleição.
Agora, integrantes do PL avaliam que o próprio Zema vê com bons olhos uma mudança partidária, que pode lhe oferecer maior musculatura para lançar candidatos nas eleições municipais de 2024 e para buscar o espólio do bolsonarismo numa eventual candidatura presidencial.
Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) namora com o PSD, tendo, inclusive, nomeado o ex-presidente da legenda para um cargo no governo. Kassab, hoje o principal articulador político de Tarcísio, acompanhou o governador a uma reunião com Lula em janeiro e, na avaliação de lideranças do Republicanos, tem buscado atraí-lo para o PSD.
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