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"Pazolini não tem vocação para ser prefeito"

Vereador não poupa palavras

14/02/2023 às 10h02 Atualizada em 22/02/2023 às 17h29
Por: Redação
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Foto: A.Damazio
Foto: A.Damazio

O suplente de vereador, Vinicius Simões (Cidadania), está de volta à Câmara de Vitória depois de herdar a vaga do agora deputado estadual, Deninho, eleito em outubro para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Professor de História, Vinícius Simões entrou no antigo PPS, hoje Cidadania, pelas mãos do deputado estadual Fabrício Gandini e do ex-prefeito, Luciano Resende. Disputou quatro eleições, perdeu duas (2008 e 2020) e ganhou duas (2012 e 2016). Crítico à administração do prefeito Lorenzo Pazolini (Repúblicanos), Simões disparou à reportagem do Portal Rede de Notícias: 

"Luiz Paulo, Coser, Luciano (ex-prefeitos da capital), todos esses tinham vocação, sabiam, de alguma forma, administrar Vitória. Pazolini não sabe e não conta com uma equipe que dê resultados", afirmou, apontando uma série de problemas enfrentados pela população.

Segundo o vereador Vinicius Simões, seu mandato não é de oposição porque ele, Pazolini, não é de seu grupo político, mas porque o prefeito não tem vocação, não sabe administrar. 

"Pazolini foi um excelente delegado de polícia e deve ser uma boa pessoa, um bom filho, um bom irmão. Eu não o conheço. Mas ele é um péssimo político. Pazolini não dialoga com as pessoas. O Conselho Municipal de Assistência Social está tentando conversar com o prefeito há meses sobre as emendas parlamentares que estão paradas e não consegue", aponta.

De volta à Câmara de Vereadores, Vinicius Simões não poupou críticas ao atual prefeito

 

Simões citou ainda o caso dos servidores aposentados da PMV, que ocuparam a frente da prefeitura para protestar contra o aumento nos descontos de seus benefícios e foram recebidos por agentes da guarda municipal.

"Pazolini mandou chamar a guarda para expulsar idosos da frente de um órgão público. Quem faz isso não pode ser prefeito", dispara. 

Para Simões, Pazolini se afastou até mesmo da sua vice-prefeita, Capitã Estéfani, reiteradamente destratada pelo prefeito em eventos públicos e com cobertura da imprensa. Pazolini chegou a tomar o microfone das mãos de sua vice, numa cena constrangedora, que ganhou as redes sociais.

"Quem é que não dialoga com a sua vice? Luciano dialogou com Waguinho, com Serginho Sá. Falta ele (Pazolini) visitar as unidades de saúde, falta uma equipe com a qual ele dialogue. Ele está sem controle da cidade. Ele sabe ser delegado, prefeito não", afirma Simões.

 Prefeitura

Perguntado sobre as eleições de 2024, quando Pazolini deve concorrer à reeleição, Vinicius Simões diz que será uma disputa que deve contar com diversos atores, inclusive pela má gestão do atual prefeito, que abre brechas para críticas.

"Nosso partido deve colocar um nome para a disputa da Prefeitura de Vitória. Temos vários nomes capacitados, como o deputado Fabrício Gandini. Estamos dialogando com uma frente ampla, que vai lançar ou apoiar um nome representativo, que faça frente ao projeto que está colocado na capital e que não agrada, principalmente aos mais pobres", critica, o parlamentar.

 

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