Pesquisa IPEC divulgada neste domingo, 19, revela uma face cruel da desinformação: o brasileiro odeia e teme conceitos os quais ele nem sabe do se trata, ou nunca leu ou nunca participou de uma aula com um especialista sobre aquele assunto.
Um deles é o Comunismo. Segundo o Instituto IPEC, 44% concordam totalmente, 31% em parte e 13% com restrições com a afirmação de que o Brasil pode se tornar comunista.
O interessante é que muitas dessas pessoas não fazem ideia do que seja o comunismo, repetindo xingamentos e fake news disseminados por lideranças da extrema direita, que usam o termo para identificar e controlar seu rebanho.
A pesquisa mostra ainda que entre esses 44%, há quem acredite que o Brasil implemente o comunismo e há os oportunistas que sabem que essa não é uma possibilidade no horizonte, mas utilizam como “fantasma” para causar medo nos seguidores.
A palavra "comunismo" retirada de seu sentido original, de propriedade comum dos meios de produção e da ideologia por ela sustentada, se tornou no Brasil um simples comando para o linchamento digital, independentemente de quem esteja do outro lado.
O objetivo é tirar a credibilidade e destruir, muitas vezes para servir de exemplo. E, consequentemente, esse processo tornou a palavra depositária do "mal". E um grande mal é sempre temido e vira uma ameaça.
É mais ou menos como quando pastores evangélicos, amigos de traficantes, queimam e amaldiçoarm centros espíritas em favelas miseráveis estratégiicamente ampliadas diariamente com o avanço do capitalismo.
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