Mais de 300 mil pessoas estão passando fome no Espírito Santo neste exato momento.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apontam para um cenário desastroso, que alia pandemia, desigualdade, desemprego, concentração de renda e descaso do poder público.
Enquanto Cariacica constrói praia artificial, Idosa morre à espera de atendimento médico dentro de posto de saúde.
Enquanto Vila Velha comemora a chegada dos portugueses, as taxas de homicídio e feminicídio explodem na cidade.
Enquanto Vitória dobra salário de vereador, pacientes não têm sequer dipirona nos unidades de saúde.
Mas ontem estavam quase todas as autoridades públicas responsáveis por essa situação na comemoração da Colonização do Solo Espiritossantense.
Sorriso polido, ternos caros e a certeza de que depois do evento cheio de gente humilde e muitas sem comida, um lauto almoço os aguardava.
O 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no país aponta que a fome avançou em 2022 e atingiu 33,1 milhões de pessoas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), aplicada na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), classifica os domicílios de acordo com o nível de segurança quanto ao acesso aos alimentos em quantidade e qualidade.
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