Economistas brasileiros estão de olho na catástrofe ambiental que se aproxima e já atinge vários países mundo à fora.
Temas como a falta de água, prejuízos na queda de produção agrícola em decorrência da seca, queda de umidade do ar em índices críticos, desmatamento e emissão de gases poluentes estão na pauta, pois têm impacto direto nas economias globais.
O VII Encontro de Economia do Sudeste e IX Encontro de Economia do ES, que acontecerão simultaneamente nos dias 4 e 5 de outubro, em Vitória, pretendem discutir esses assuntos tendo como recorte o Espírito Santo.
Como este ano ano a temática do evento é Economia e Sustentabilidade, profissionais e estudiosos do setor querem aprofundar o debate sobre o clima e seus desdobramentos nas economias regionais.
“Ao longo dos anos, a Economia do Espírito Santo estudou e debateu assuntos muito importantes, mas em relação ao meio ambiente com o desenvolvimento regional ainda precisamos avançar”, avaliou o professor Ednilson Silva Felipe, que irá ministrar um minicurso sobre o tema durante o Encontro.
Entre os pontos mais críticos que afetam o Estado na área ambiental, o professor apontou a crise hídrica no Norte do Estado que, entre os anos de 2014 e 2017, causou uma perda na produção agrícola no valor de R$ 260 bilhões em razão da seca.
“No Estado, foram mapeados pelo Ministério do Meio Ambiente cinco áreas sujeitas à desertificação, onde há um déficit hídrico em que a demanda de água é maior que a oferta. Essas áreas estão localizadas nas regiões Noroeste e Caparaó”, informou Ednilson.
Na avaliação do economista, é necessário que os órgãos competentes se preparem para evitar os impactos negativos desses problemas ambientais.
“Embora esse trabalho de estimativa seja importante, é fundamental olhar para o futuro. É necessário que sejam feitos planejamentos e projeções por parte dos governos e todos os atores locais que são relevantes para a questão ambiental, para se preparar e enfrentar esses desafios, que são cíclicos”, analisou o economista.
No encontro, economistas capixabas e de fora do Estado irão debater sobre os desafios e possibilidades de promover o desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente e deixar os recursos naturais existentes hoje para as futuras gerações.
“O evento irá debater dois temas principais, que são políticas públicas e economia sustentabilidade, que estão interligados, pois não se promove políticas públicas, por parte dos governos, e privadas, no caso das empresas, sem olhar para as questões de sustentabilidade. Ou seja, essa é uma prioridade que precisa permear as ações governamentais e empresariais”, destacou Claudeci Pereira Neto, presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES).
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